FÉ

Tempo de chuva... tempo de meditação, de PAZ e de alguma interiorização pela data em que estamos. Mesmo não sendo crente, sinto existir algo diferente que atravessa estes dias, comemorativos dos cem anos das aparições, bem como da visita do Papa Francisco, que consegue atrair muita gente.

Pode não conseguir, ou não querer mesmo, mas a verdade é que deu um rosto diferente à Igreja, com níveis de popularidade extraordinários. Talvez seja o prenuncio duma maior abertura em que muitos mais se possam rever num espaço e numa crença que, digam o que dizerem, está bastante enraizada no nosso País.

Acabei de ler algo engraçado naquelas crônicas curtas do Expresso online, em que o comentador escrevia que nas próximas 24 horas iríamos estar centrados em Fátima, na visita Papal que irá ocupar todos os espaços televisivos e não só. Tudo estar concentrado neste acontecimento, mais do que no motivo que originou a visita do Papa.

As aparições foram há cem anos; acreditemos ou não nesse fenómeno, a verdade é que a crença, o mistério da FÉ, o cumprir de promessas tem uma enorme importância em muitos de nós e, pessoalmente, tenho pena de não conseguir ter a FÉ para participar nestes eventos religiosos. Acredito na existência de Algo superior a nós próprios mas ainda não sei bem onde me enquadrar. 

Nessa mesma crônica, também referia que este fim de semana iria ser importante um jogo de futebol que poderá decidir o campeonato e a vitória do Benfica, assunto a que não ligo mesmo nada, apenas gostando dos europeus e dos mundiais. O melhor europeu que tive, foi há uns quantos anos em que nos reuníamos todos em casa do IA para vermos os jogos, vibrarmos e depois sairmos para festejar. Tempos loucos.... não sei se foi neste europeu que tive de ir a Espanha a um casamento e durante a ceremonial estávamos todos nós, os portuguesas, atentos ao telemóvel e às notícias. Foram tempos contagiantes e de grande orgulha nacional.

E, finalmente, o outro assunto relevante e que há muito não ocupava tanto espaço, é o festival da Eurovision. De facto, com a presença do Salvador Sobral, as esperanças de Portugal alcançar um bom lugar são imensas e, dizem as sondagens, com alguma razão de ser.

A figura do cantor, doente, com uma voz delicada e uma canção muito bonita " vivi para te poder dizer que te Amo" talvez faça a diferença. A apresentação do mesmo destoa em completo com todos os outros pela simplicidade, pela singelidade e até alguma ingenuidade que nos é transmitida. Vamos ver como tudo corre amanhã, porque também somos um povo de utopias.

O fim de semana dividir-se-à em duas partes, sem e com o D que, finalmente chega na manhã de domingo. Já é tempo de assim ser e de retomarmos o nosso quotidiano duma forma simples e empenhada. Espero que, doravante, tudo seja mais simples, mais efectivo e sobretudo mais pacífico, calmo e tranquilo com uma estabilidade garantida.

Hoje vou despedir-me do meu sobrinho que volta amanhã para os USA, com um jantar na outra margem, depois da minha aula de Padel se o tempo o permitir. Como as minhas assistentes me pediram para ir a Fátima, não vou trabalhar hoje, não tendo nada de especial para fazer.

Apenas continuar a minha caminhada, o meu percurso de vida com um grande SORRISO cheio de e luz, nesta "peregrinação" chamada caminho da FELICIDADE.