domingo, maio 07, 2017

Dia da Mãe

Dia da Mãe... dia especialmente dedicada às nossas Mães que nos formaram, deram origem e apoiaram durante a nossa vida. Tenho a sorte de ainda ter Mãe, com 95 anos, que mantem, apesar de tudo, a sua lucidez e integridade. Neste momento em que se adapta a um lar, por imposição das circunstancias, precisa de apoio e ainda mais carinhos.
Depois duma fase em que, por razões analíticas, me afastei e muito da minha Mãe, agora neste momento sinto uma grande tranquilidade e aceitação do que fui e é a minha Mãe. O passado existe e está lá, não devendo servir para mais nada a não ser aprendermos com ele, entranha-lo e fazer parte da nossa historia pessoal.
Estive muitas vezes tentado a falar com ela, a perguntar-lhe muita e muita coisa acerca do que fez, porque e como fez mas na verdade em primeiro lugar a minha versão seria certamente diferente da dela e em segundo lugar o que iria alterar na minha vida ? O melhor é perceber, compreender, entranhar e deixar as coisas como estão, porque tudo foi feito com boa intenção e da maneira como ela sabia. Por isso, neste momento estou mesmo muito pacifico  em relação a ela.
A vida é como é, tem o seu percurso, os seus caminhos, andanças, mistérios, encontros, reencontros, belezas, misérias, curvas, rectas, auto estradas e muito mais que a constitui...temos, aliás, devemos aproveitar ao máximo tudo aquilo que ela tem, sem nos prendermos ao passado e sem que esse mesmo passado nos condicione ou nos impossibilite ter a FELICIDADE que procuramos e desejamos.
Tenho pensado muito no que fui, em todo o meu percurso de vida, bem como no que sou agora e no que poderei ainda ser. Se pudesse neste momento mudar de agulha ou de caminho, certamente que o faria, por estar demasiadamente cansado dos tempos de hoje, das dificuldades existentes bem como dum retrocesso em muitos aspectos. Estou a referir-me a aspectos profissionais que adorava ainda mudar para algo completamente diferente. Quem sabe...tema de conversa do jantar.
Há tanta coisa que tenho de pensar, reflectir, saber... ainda ontem ao jantar com a minha melhor amiga, irmã do coração, soube de factos passados que se explicam agora e que, se na altura o tivessem sido, não teria acontecido muita coisa que aconteceu. Não percebo atitudes, sobretudo quando são sinais evidentes de insegurança e de medo inexplicável, não percebo a contradição de, por um lado, haver uma aproximação e por outro, recusar ir a um evento especial, jantares, etc.
Mas também aqui há uma certa e relativa falha doutra pessoa, completamente entendida e percebida, porque se trata de algo intrínseco a essa mesma pessoa e à sua maneira de ser. Mas havia canais de comunicação - um site fechado a que todos os convidados tinham acesso - que deviam ter sido usados para duma forma ou doutra se ter recusado o convite. Veremos como correm as cenas dos próximos capítulos.
São comportamentos que não entendo, mentalidades que não percebo e apenas desejo, e muito sinceramente, que haja FELICIDADE, bem estar e entendimento. Mas nada tenho a ver com isso, apenas desejo a quem tanto representa para mim, o melhor possível.
As identidades de cada pessoa mergulham no seu passado, na sua educação, vivencias e formas de estar na vida e no Universo, havendo diferentes e muitas formas de se ver a realidade, como é evidente todos os dias. Por isso, as acções ficam com quem as pratica e executa, sabendo eu que tenho imensas falhas, comportamentos anómalos e pouco correctos, mas e se pode haver um mas, sempre com a intenção de ser positivo e muitas vezes sem a noção do que efectivamente faço. É a tal dissociação de que tenho falado e de que, cada vez mais, tenho a consciência desse facto. A que tenho de estar cada vez mais atento.
Um grande SORRISO especialmente dedicado à minha Mãe e a todas as Mães do Mundo com a certeza de a FELICIDADE está com todos aqueles que, hoje, conseguem estar com aquela que lhes deu vida e origem.

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