terça-feira, novembro 29, 2016

Pai

Figura Paterna.... neste momento, retorno à figura paterna, para perceber, compreender e entranhar, sem medos, sem fantasmas, esta personagem que me marcou muito mais do que eu suspeitava.
Percebo agora que, ao contrário do que eu pensava, o meu Pai teve uma importância decisiva na minha vida, duma forma nem sempre positiva e até muitas vezes duma forma extremamente negativa. 
A minha tendência para controlar, a minha compulsão com o dinheiro, o querer "comprar" as pessoas e muito mais tem a sua origem, precisamente, no exemplo paterno.
Ha muito que o meu guru me disse que este tema voltaria a surgir e efectivamente assim foi por um associação de ideias em que eu chamei "coitadinho" ao meu Pai, tendo sido a primeira vez que o fazia em relação a ele e não à minha Mãe.
É curioso pensar nisto tudo, sem rancores nem azedumes, para perceber realmente a grande marca que ele me deixou; incutiu-me muitos valores mas também me marcou profundamente em muitas outras coisas, que reparo agora e que fizeram (fazem ??) parte integrante da minha identidade e personalidade. 
Sinto que estou a "evoluir" imenso na minha caminhada, ao descobrir e limpar mais gavetas do meu inconsciente, com a plena sensação de que todo este processo, è um processo evolutivo e dinâmico.
Ao ver o sofrimento do meu analista pelas circunstancias da vida pessoal, constato a minha grande evolução desde da separação e ruptura que tive há mais de ano e meio; sofri, deprimi, pensei negativamente mas consegui, tal Fênix, renascer das cinzas, apanhas os mil bocados em que estava e seguir uma vida que, neste momento, não tem nada a ver com a que tinha mas em que, talvez, me consiga rever mais e melhor.
As voltas, contravoltas, reviravoltas que a vida nos proporciona ajudam-nos a crescer e a amadurecer e como diz o AA recordar é apenas isso... lembrar outros tempos que ficam na nossa memória e no nosso coração para todo o sempre, sem significar propriamente dor ou sofrimento.
É evidente que recordo com saudade e com alguma nostalgia a minha última relação séria e duradoura, mas já sem dor, sem sofrimento e apenas com as muitas memórias que tenho e que guardarei para todo o sempre. E isto é crescer e saber estar na vida, bem como equacionar devidamente a pessoa com quem vivi tantos anos. Desmistificar e perceber exactamente como foi, como é, aceitando perfeitamente o presente, porque compreendo e entranhei o passado; sobretudo porque estou cada vez melhor comigo mesmo.
São estas pequenas/grandes diferenças que marcam o meu quotidiano, estando mais solto, menos obsessivo ou compulsivo, bem como me compreendendo e percebendo duma forma cada vez mais clara e límpida. Como se as águas movediças em que muitas vezes me movia se estivessem a limpar e a clarificar cada vez mais, para pisar terreno sólido e firme. Ou seja, acredito em mim e na minha pessoa, o que faz toda a diferença.
Um grande SORRISO neste dia frio, mas bastante quente e soalheiro no meu interior porque estou a caminho de alcançar a minha FELICIDADE.

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