segunda-feira, fevereiro 15, 2016

Rescaldo

Mais uma semana, mais outra etapa, mais um ciclo de vida... tudo pode mudar dum segundo para o outro e na verdade assim é porque parece que, neste momento, nada dá certo comigo mesmo e com quem vou conhecendo.
Será que tenho algum problema tão evidente, alguma pressa nas coisas que não me deixa viver ou desfrutar normalmente das pessoas, dos factos e do dia a dia, duma forma natural ou simplesmente deixar fluir o que tem de acontecer ??
Cada vez mais sinto que vou ficar sozinho durante uns tempos ( ou sempre ), tendo de me adaptar a essa ideia e a essa realidade porque, pelos vistos, tenho em mim mesmo algo de destrutivo e que consome tudo aquilo em que estou interessado ou que poderia vir a ter algum substrato.
Estou amorfo, sem compreender absolutamente nada do que se passou e sem vontade de coisa alguma; foi mais um "murro" no estômago vindo do nada e sem perceber nada de nada. Será que sou assim tão intrusivo e tão entupido que não perceba a realidade que me cerca e tenha algo de autista em mim mesmo que me limita as minhas capacidades cognitivas ?? 
É a única explicação que encontro para muita e muita coisa que me vai acontecendo na vida e neste dia a dia que vou tendo exactamente ao contrário do que queria e desejava... que vou exactamente fazer ou deixar de fazer para conseguir continuar este caminho que, de novo, encontro vazio, árido e sem qualquer sentido ou importância?
Vou deixar-me abater e entrar de novo numa rampa descendente ou vou conseguir seguir em frente, levantar a cabeça e ser capaz de encontrar um significado para a minha vida e para tudo aquilo que eu quero e desejo para mim e para a minha vida.
Estou triste e abatido, mas muito mais do que isso estou surpreendido por factos e acontecimentos que me ultrapassam e que não entendo de todo, nem de maneira alguma. Dizer que se invadiu (e muito) a privacidade, sem mais qualquer justificação deixa-me sem entender e com um enorme amargo na boca, duma forma muito estranha e incompreensível para aquilo que eu sou e sobretudo pelo enorme empenho que estava a pôr nesta mesma relação que era já bastante importante para mim e que, acreditava, também o ser para a outra pessoa. 
Como me disse a minha grande amiga CP, as pessoas muito dotadas intelectualmente são também e muitas vezes bastante complexas nas suas relações afectivas e amorosas, com bastantes dificuldades neste campo e provavelmente ela tem razão e, para além disso, conhecimento de causa. 
Mas vou continuar na busca de mim mesmo, na procura daquilo que sou e na felicidade que quero ter e sinto merecer, com o meu SORRISO de sempre, hoje menos luminoso mas sempre presente é capAz de dissipar as nuvens negras e escuras que vão surgindo na minha vida.

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