Fim de semana começado com um jantar no Bastardo, restaurante de que começo a gostar bastante, com a minha grande amiga A. Está ainda a fazer um luto da morte do companheiro, mas continua obsessiva focada nas suas estórias e vida passada.
Com cadernos escritos por ele, com fotografias dele e toda uma panóplia de factos, acontecimentos que devia "enterrar" e encerrar para bem dela e das pessoas que lidam com ela. Para além disso enquanto não se limpar disso, não consegue seguir em frente.
"Entender os outros não é uma tarefa que com comece nos outros. O início somos nós próprios, a pessoa em que acordámos nesse dia. Entender os outros é uma tarefa que nunca nos dispensa. ser os outros é uma ilusão. Quando estamos lá, a ver aquilo que os outros veem, a sentir na pele a aragem que outros sentem, somos sempre nós próprios, são os nossos olhos, é a nossa pele. Não somos nós a sermos os outros, somos nós a sermos nós. Nós nunca somos os outros...."
Ou seja, qualquer que seja a filosofia, o modo de encarar a vida, a forma como se escreve ou interpreta tudo conduz para que, efectivamente, somos nós próprios a chave desta mesma vida. Esta conclusão e verdade, é algo que devemos e temos mesmo que interiorizar e entranhar cada vez mais e melhor porque só assim conseguimos mesmo ser livres de todos os objectos, mas em simultâneo também podermos dar o valor relativo a tudo aquilo que nos rodeia.
Se estivermos de bem connosco e se soubermos aquilo que somos e queremos é, por demais, evidente que não ficamos dependentes nem subjugados por outrem ou por aquilo que nos rodeia.
Felizmente que, cada vez mais, me sinto em Paz comigo próprio e com uma vida interior completa, com pensamento, accão reflectida e contenção dos impulsos e das compulsões que tinha e que ainda tenho nalguns casos. Mas que estão a ser compreendidas, trabalhadas e contidas.
Na verdade, a nossa liberdade acaba onde começa a dos outros, mas essa mesma liberdade individual e pessoal pode e deve ser completa, gratificante e positiva para que possamos efectivamente sermos nós próprios e vivermos de acordo com isso mesmo.
Tendo vários objectivos para este ano, não posso de modo algum deixar de continuar a trabalhar o meu Eu e a minha identidade, como pessoa, mesmo se, momentaneamente, as coisas, os factos ou o correr da vida não seja como eu gostaria. Deixar de ter tantas expectativas, confiar mais em mim, lutar pelo que quero duma forma tranquila, desapaixonada e não entrar numa correria em frente é o caminho a seguir.
O importante é mantermos o nosso equilíbrio e confiança em nós próprios, tendo como objectivo principal e prioritário o nosso bem estar e a nossa homeostasia interna equilibrada visto que apenas assim conseguiremos viver a vida com um SORRISO e com a vontade de termos força para seguirmos o nosso caminho.
Sinto que estou a fazer um percurso em grande parte cheio de novidades e de factos novos, mas acredito que com entusiasmo, empenho e sobretudo muito pensamento e reflexão acerca de tudo conseguirei alcançar o muito que ainda quero, necessito e acho que mereço sempre com um SORRISO luminoso e cada vez mais transparente e verdadeiro.
PS: também preciso do apoio continuado dos meus familiares, amigos e de toda aqueles que me rodeiam, me estimam e me Amam. São fundamentais para mim e para a minha vida
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