terça-feira, julho 07, 2015

Ansiedades

Ansiedade..... Parece que regredi, regredi e regredi! E quais as razões para esta resistência e este retrocesso assim tão súbito e repentino. Tipo tempestade tropical que se abate e fustiga duma forma violenta e inesperada.
Quero fugir de novo para longe, isolar-me e não pensar em nada, mas mesmo em nada de nada é muito menos nestas mudanças todas a que estou sujeito e para as quais não me sinto preparado nem tão pouco com a força necessária. 
Pareço efectivamente a tal criança perdida no mundo dos adultos, esquecida algures e que não consegue de forma alguma evoluir e progredir neste mundo; mas tenho e devo arranjar forças, coragem e garra para prosseguir o meu caminho e conseguir de qualquer forma sobrepor-me a estas tempestades e, mesmo encharcado e no meio das trompas de água, sair por cima e sobreviver....
Hoje pareço ter um peso enorme no peito é uma angústia dolorosa imensa que me preenche cada canto do meu ser e da minha pessoa, tanto mais que me parece ter passado a noite em claro, o que sei não ter acontecido. 
Também a falta da minha análise complicou tudo isto, bem como a total ausência de visualização do futuro e de qualquer perspectiva real e duradoura acerca da minha vida. Além de que se aproximam dias de férias que, quase pela primeira vez, vão ser bastante vazias e que me assustam imenso.
Como digo, está criança que existe em mim, este ser cheio de medos e de receios tem de mudar e tem de alterar a sua postura. Mas a verdade é que penso imenso em novas oportunidades e em novos recomeços, vivendo muitas vezes essa ilusão e essa narrativa egocêntrica e irreal.
Hoje faria anos o meu Pai e lembro-me muito dele com saudade e com a pena de não ter tido a oportunidade e o tempo para falarmos e nos entendermos como gostaria! Não sei quantos anos faria, mas sei que a saudade permanece bem como as muitas memórias que tenho é que vou sentindo.
Apetece-me fugir para bem longe e bem longe ficar de tudo isto ou então hibernar durante muito e muito tempo e acordar com tudo resolvido, tratado e entranhado. E sobretudo com uma aceitação plena e completa de tudo isto e deixar-me destas infantilidades e idiotices. 
Estou aqui e não estou, penso e não penso, existo e não existo e tudo me parece irreal é inútil neste dia a dia tão estranho em que devo e tenho mesmo de me agarrar ao meu SORRISO e levar a minha vida por adiante e duma forma positiva, simples e linear sem querer algo que não posso ter, sem sonhos que são apenas meus e ilusões que me continuam, muitas vezes, a povoar este meu (in)consciente tão inconstante.
Sejamos fortes, sejamos capazes e sobretudo sejamos os adultos que já devíamos ser há muito e muito tempo! 

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