sexta-feira, janeiro 04, 2013

Sexta-feira

Primeira sexta-feira deste novo ano de 2013... este despertar de "madrugada" é muito violento para quem está a reiniciar a sua actividade profissional e normal.
Ontem foi o primeiro dia de muitos outros, com a diferença abissal de ter uma assistente a tempo inteiro e dedicada apenas ao gabinete, com o suplemento de ser alguém com quem trabalhei tantos e bons anos e com quem me dou tão bem. Foi um bom dia, bastante preenchido e completo, tendo sabido que desde Setembro que estamos a aumentar os rendimentos gerais da clínica e os meus em particular. É uma excelente noticia que espero se mantenha ao longo deste ano de 2013.
Ontem também retomei o quotidiano dos comentários políticos; sinto que vivemos num ciclo de difícil resolução e muitíssimo complicado na medida em que não há soluções fáceis, nem caminhos evidentes e de rápida recuperação da nossa vida individual e colectiva.
Os comentários pouco acrescentam de novo e sobretudo parece que vivemos em fim de ciclo, lembrando-me dos tempos do Guterres e da sua demissão por supostamente estarmos num pântano político. Neste momento, temos quase uma ausência de governo credível e também duma oposição forte e alternativa. Esta mesma oposição limita-se a falar mal e a nada oferecer doutras soluções e caminhos, porque provavelmente não existem mesmo... este rumo de sacrifícios, austeridade e  recessão é certamente para continuar nos próximos anos, para compensar os muitos anos em que gastámos demais e consumimos acima das nossas possibilidades. 
Parece-me é que estamos a atingir o limite das nossas capacidades, a esgotar os nossos cursos e sobretudo a perder a esperança e a FÉ no nosso futuro colectivo o que é dramático e bastante complicado na medida em que um País sem rumo, sem orientação ou uma finalidade bem definida é um país sem hipótese e sem qualquer futuro digno desse nome, pelo que precisamos em primeiro lugar de estadistas e de políticas consequentes, bem como dum rumo, dum caminho e dum desígnio nacional a que todos, ou a maioria, possa aderir e fazer desse mesmo desígnio uma bandeira nacional e um destino colectivo.
Acho que é o nosso principal problema neste momento, esta falta de motivação e de interesse pelo nosso destino e pela nossa capacidade de vencer e de lutar pelo nosso destino colectivo. Temos uma história de oito séculos e sempre conseguimos vencer e dar a volta aos nossos problemas mas neste momento parecemos amorfos, desinteressados e ainda sem princípios morais e éticos que fazem uma enorme diferença nestas alturas de crise e de quase desagregação social.
É preciso lutar, vencer esta imensa crise em que estamos e sobretudo encontrar dentro de nós e da sociedade a força e o entusiasmos necessários para ultrapassarmos este impasse em que nos encontramos, tentando encontrar um rumo que dê um futuro aos nossos filhos e netos.
Um enorme SORRISO nesta primeira sexta-feira do ano, com sol e a esperança de nos reencontrarmos e de vencermos estes tempos difíceis e complicados.



 

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