sábado, janeiro 12, 2013

Baptizado

Hoje é o dia de Baptizado da nossa pequenina MC, que será ( já é ) a nossa afilhada e com quem vamos criando mais afinidade, Amor e Amizade em cada dia que passa.
A simpatia, a graça e a interacção entre nós é real e verdadeira ( bem como com as irmãs ), tendo-nos conquistado a ambos, pelo que foi com uma enorme alegria e orgulho que aceitámos ser padrinhos desta criança.
Não queremos ser aqueles padrinhos distantes e apenas de nome, mas pessoas presentes e activas na vida dela, acompanhando-a sempre que possível  e estando com ela nas ocasiões especiais, mas também naqueles momentos em que ela precisar dum ombro amigo ou duma pessoa para desabafar.
Queremos ter uma relação ainda mais especial com esta menina de quem já gostamos imenso.
No reverso da medalha, está a atitude ( hipócrita) dos representantes de Nosso Senhor na terra, a igreja apostólica Romana, que com os seus dogmas, incoerências e preconceitos vai afastando as pessoas do credo e das igrejas. Sou baptizado, baptizei os meus filhos e contraí matrimónio religioso, mas como sou divorciado, não posso ser padrinho religioso, mas apenas testemunha do baptismo e assinar como tal.
Ontem tivemos um jantar com o Padre, que vai fazer a cerimonia e simplesmente, senti-me praticamente excluído pelos motivos referidos. Parecem-me atitudes que, sinceramente, deviam ser revistas e ponderadas porque se querem cativar e chamar a si as pessoas e aqueles que podem acreditar num Ente Superior, num Deus, então deveriam ser mais tolerantes e perceber a realidade deste mundo em que vivemos. Fiquei "chocado" e também triste com esta percepção desta Igreja.
Tenho sentindo em certos momentos a presença de Algo que não sei definir, tendo já tido algumas percepções e experiências bastante intensas, uma das quais na Catedral de Santiago de Compostela, há muitos anos, em que comecei efectivamente a acreditar na existência dum Entidade Superior, por a ter sentido dentro de mim. Foi uma sensação indescritível...
Desde aí tenho vivido a minha FÉ à minha maneira e sempre que posso e tenho vontade, recolho-me na igreja, reflicto comigo mesmo e peço por todos aqueles que AMO. E isso não me dá os mesmos direitos das outras pessoas que comungam diariamente, que beatificamente vão à igreja mas que, se calhar depois, são incapazes dum gesto de caridade ou de dádiva.
Sinceramente fiquei chocado com a intolerância e atitude deste padre, que julgava mais liberal e mais aberto ao mundo moderno e actual, mas que afinal está também preso na teologia oficial da igreja, sendo mais "perigoso" porque se reveste de vestes mundanas e aparentemente mais consentâneas com a realidade. E essa não é, no caso dele, a verdade nem a que deveria ser, na medida em que essa mesma Igreja tudo devia fazer para chamar a si todos aqueles que quisessem participar na actividade religiosa e cristã e não fazer precisamente o contrário que é afastar as pessoas.
É evidente que casei pela Igreja e também é evidente que, para evitar uma vida dupla ou hipócrita, me divorciei... sempre proporcionei aos meus filhos tudo aquilo que podia e sempre contribuí para a manutenção da minha ex-mulher. Ou seja, cumpri e cumpro as minhas obrigações, tento fazer na minha vida o melhor que sei e posso na ajuda aos que precisam e comigo privam, pelo que não posso de maneira nenhuma aceitar este tratamento, que me chocou mais do que eu pensava.
Continuarei com este tema outras vezes, mas agora com um enorme SORRISO tenho que me ir arranjar para ir ser o PADRINHO da minha pequenina e querida MC, com muita FÉ, esperança na vida e nas pessoas ( independentemente das posições teológicas). Um especial SORRISO para toda a família C e em especial para a minha (nova) afilhada.
 
 
 


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