segunda-feira, maio 14, 2012

Reflexões

Começou outra semana, neste longo mês de Maio, mês de peregrinação a Fátima, de religiosidade, de reflexão e ainda de alguma introspecção. Não sei muito bem como estou e como me sinto, mas a verdade é que me sinto numa certa encruzilhada e num enorme vazio de objectivos e de realizações, que não me satisfaz minimamente, tendo como agravante e pano de fundo esta imensa crise e recessão, que está lentamente a empobrecer todos e tudo e que me preocupa imensamente. Foi um fim de semana de silêncios, de duvidas e duma grande insatisfação, porque intimamente não me reencontro em nada deste quotidiano e externamente sinto-me também bastante desapoiado e pouco compreendido. Sei que sou uma pessoa difícil e complicada, mas também sei estou numa fase de vida que apesar de ainda ser novo para a esperança de vida, já passei a etapa de novos projectos e de novas realizações, tendo que me "contentar" com o que já tenho e realizei.  Parece-me que é esse é um dos meus busílis, tanto mais que também não sinto nos que me rodeiam a ambição de mais e melhor, mas sim duma estagnação e aceitação do status quo! Preciso de desafios e de realizações e para isso, também preciso de vida e de sonhos à minha volta e no meu quotidiano. Sei que é difícil explicar estas sensações aos outros, e explicar que o silencio que nos envolve me é extremamente penoso, bem como a rotina instalada e extremamente cansativa que vamos tendo. Temos que romper essas circunstancias e tentar fazer mais e melhor com o que temos e sobretudo tentar organizar programas diferentes e conjuntos para os dias em que isso é possível. É uma amalgama de emoções e sentimentos que senti e vou sentindo nestes dias, que tenho dificuldade em exprimir mas que me marcam negativa e fortemente. Tenho que reagir e pensar no que efectivamente quero fazer, bem como em tudo o que me rodeia para poder ser feliz e integrado. Para além disso, há o eterno problema em que estou envolvido das relações familiares de pessoas que muito estimo mas que considero, neste momento, ser um problema insolúvel e sem futuro, na medida em que as posições estão extremadas e são completamente opostas e divergentes. E parece-me que não há grande coisa a fazer, sem ser tentar mitigar os danos e conter um pouco as pessoas, fazendo-as pensar diferente e duma forma mais "humana". A vida tem que ser vivida e sentida e sobretudo temos que estar conscientes do que podemos ainda fazer e das nossas limitações e possibilidades, aproveitando ao máximo tudo o que temos e somos. Ontem estive a ver uma reportagem que referia que a felicidade era algo que se pódios transmitir e que um SORRISO e uma palavra amiga era por vezes o suficiente para alterar o quotidiano, o que é coincidente com aquilo que aqui venho escrever.  Por vezes uma palavra, um gesto ou tão só um SORRISO é capaz de fazer toda a diferença e todos nós precisamos desse animo e dessa força.

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