Sábado

Sábado, fim-de-semana gelado com temperaturas quase negativas e por isso, imenso frio. Ontem foi uma noite de sexta-feira caseira, em que estivemos a ver televisão e no quente da nossa casa. A tarde foi calma no consultório, pacifica e num ajustamento gradual de pessoas e métodos, esperando sinceramente que tudo se vá compondo e que, principalmente, haja trabalho e rendimento.

Hoje vamos dar umas voltas, fazer umas compras com o Fran para à tarde ter uma mediação familiar em casa, que espero corra o melhor possível. Falarei deste assunto mais adiante.
Estive a escrever num fórum de Medicina Dentária que sigo no facebook, porque estamos sempre a lamentarmo-nos e nada fazemos para alterar a situação e dignificar a nossa profissão. Comenta-se, escreve-se e não se faz rigorosamente nada como é habitual e à boa maneira portuguesa. TEMOS que reagir e ir à luta duma forma digna e de acordo com a actual situação que é mesmo de emergência, antes que nos destruam todas as hipóteses de sobrevivencia.

A verdade é que a situação actual está a atingir níveis altamente preocupantes porque a uma acentuada diminuição de doentes e de tratamentos, alia-se um crescente aumento da carga fiscal e das obrigações legais a cumprir, tornando incomportável manter níveis de qualidade aceitáveis. Logicamente que não podemos ter materiais de excelente qualidade com o que muitos doentes pagam , tendo que optar por outro tipo de materiais sem comprometer a qualidade mas torna-se cada vez mais difícil. Se virmos que um especialista doutra área que nem necessita de luvas, nem de assistente está a cobrar entre 80 a 150 euros por consulta, porque é que se acha que nós levamos muito caro.

Feitas as contas da nossa hora de trabalho, só com os custos do imobilizado, do material e de apenas sentar o doente na cadeira, chega-se a valores bastante altos que nem sempre são cobertos pelo valor pago. Há determinados tratamentos que já não compensa fazer...

Mas estamos de fim-de-semana e por isso, sejamos optimistas e confiantes no futuro, porque temos mesmo que acreditar que melhores tempos virão e que seremos capazes de superar as dificuldades presentes. E se o conseguirmos fazer com um SORRISO, dando o máximo que pudermos ainda melhor.

Voltei das actividades matinais, compras na Baixa com o Fran, o que nem sempre é fácil porque nunca sei muito bem o que ele quer ou gosta. Mas sempre assim foi e constato a diferença entre os meus dois filhos nestes pequenos pormenores na medida em que o Pedro sempre quis tudo e em todas as lojas via algo que queria, enquanto o Fran sempre mostrou algum desinteresse por compras e quase que o tinha que obrigar a comprar qualquer coisa. Também enquanto que um só gosta de Boss, Armani e marcas destas, o outro gosta da HM, Zara e lojas semelhantes! Há mesmo uma enorme diversidade na semelhança que também têm.

Um enorme SORRISO cheio de energia positiva e de força para a próxima etapa do dia que me espera, na certeza de que tudo vale a pena, sobretudo se for feito com muito AMOR e CARINHO.