Angustias Existencialistas

Inicio desta semana carnavalesca, em que trabalho apenas hoje de manhã e depois apenas na 4 feira, por se ter resolvido antecipadamente que não se trabalharia no dia de Carnaval, mesmo antes se saber que não haveria tolerância de ponto.

Ontem estivemos todo o dia em casa, sem fazer nada mais a não ser ler, dormitar, ver televisão e meditar nos acontecimentos da véspera. Não tenho grandes ilusões acerca do desenrolar da situação na medida em que seria preciso bom senso e sobretudo mais vontade da que realmente existe e tenho que dar mais uma "forcinha" para algo mais aconteça.

Não poderei fazer muito mais se não houver mesmo vontade das partes em tentar reencontrar-se e fomentar um relacionamento mínimo e sensato, porque continuo a sentir que tem e deve ser assim porque são as únicas familiares directas existentes. Esperemos que alguma coisa resulte deste meu esforço e empenho.

Estou a ficar seriamente apreensivo com a aproximação da partida do Fran, porque estou a tomar realmente consciência da separação que vai haver e da distancia existente. Faz-me lembrar a ida do Pedro para o rio de Janeiro e a angustia que senti, apesar de lá ter família. Neste caso, não há família, mas apenas amigo e colega com quem vai estar e a organização da faculdade em termos logísticos. Mas penso que ele está pouco preparado para estar sozinho tanto tempo e não sei até que ponto conseguirá superar esta aventura.

A verdade é que o Pedro cresceu, amadureceu e se fez realmente à vida pelo que acredito - quero acreditar - que o mesmo se irá passar com o Fran, tanto mais que é mais confiante, mais seguro e empenhado no que faz e acredita. E está com uma imensa vontade de ir!

Não ter nenhum dos meus filhos por perto faz-me muita confusão e talvez por isso esteja com dificuldades em dormir e até alguns pesadelos, como os que tive esta noite. Mas é a realidade da vida e se venho a dizer que devem ir para fora e organizar a vida algures, não posso certamente prender-me com estes pormenores, aos quais terei que me habituar. Já decidi não ir a aeroporto despedir-me porque não consigo e não quero emocionar-me, mas só espero que tudo corra bem e que, sobretudo, ele tenha o discernimento suficiente para estar bem estes seis meses. E é natural que assim esteja e sinto na primeira saída deste filho por tanto tempo!

Amanhã estaremos em plena época carnavalesca e não temos quaisquer programas, nem tão pouco vontade de mascaras ou de folias. A idade e a disposição são outras e se nunca fui de grandes carnavais, actualmente não sou de todo. Talvez gostasse de ir à Bahia, ver o Carnaval porque gostava bastante de conhecer essa zona e hei-de conhecer!

Entretanto organizo as ferias deste ano, com varias hipóteses de destinos a ponderar, quer em termos de datas, quer sobretudo em termos de preços porque está tudo efectivamente caro. Mas gostava mesmo de ir ao casamento do meu sobrinho em Istambul e dar uma pequena volta nos fins de Abril aproveitando os feriados existentes nessa altura. Tudo depende das disponibilidades e ainda de se ter ou não ferias nessa altura,

Um grande SORRISO, com muito optimismo e vontade de acreditar na vida e nas possibilidades das pessoas e em especial nos meus filhos, que terão certamente um grande futuro, construído e feito por eles para serem FELIZES e me darem uma enorme alegria.