quinta-feira, dezembro 02, 2010

5ª feira

Hoje é 5ª feira com sabor a 2ª, uma vez que ontem foi feriado e não se trabalhou como é evidente. Álias neste mês são mais os dias em que não se trabalha, dos que os efectivamente úteis e proveitosos.
Na vida das pessoas vai havendo alterações do EU e com a ajuda da psicoterapia, as pessoas começam a aperceber-se da sua verdadeira identidade e lentamente vai mudando a sua maneira de ser e de estar na vida.
Há pessoas que sempre se subordinaram bastante às outras pessoas, com pouca vontade de fazer prevalecer a sua própria vontade e identidade e que se vão apercebendo disso e passam quase para o oposto. Ou seja, por vezes passa-se para o oposto porque se pensa que tudo são imposições e ordens, quase como os filhos que ao chegarem á adolescência se "revoltam" contra os Pais e acham que sabem tudo. É um meio termo que custa a encontrar e que pode desestabilizar as pessoas e as relações, uma vez que são muitas as atitudes do quotidiano que ainda estão em registos antigos e que não são devidamente percebidas pelas pessoas e por quem com elas convive.
É preciso pensar-se e perceber que as mudanças de registo e de atitudes devido a terapias e a uma melhor compreensão do nosso próprio EU, devem ser moderadas e enquadradas também no círculo em que nos movemos e nas relações que temos, porque senão podem acontecer fracturas ou quebras acentuadas por uma completa e total falta de entendimentos e de relacionamento.
Nem sempre os sentimentos são suficientes para manter uma relação ou uma amizade porque, evidentemente, tem que haver um entendimento e um relacionamento baseado no quotidiano, nos gostos comuns, nas vontades e sobretudo que os silêncios não sejam a constante desses mesmos relacionamentos e que haja compreensão mútua.
Não adianta estarmos sós uma relação porque não é isso que se pretende ou procura e essa sensação é bastante negativa se nada for feito para se mudar, principalmente porque os sentimentos podem existir e não serem devidamente compreendidos. Assusta-me esta sensação de deslizar de entendimento, estes desentendimentos constantes, esta falta de força de dar a volta e de se conseguir retomar um quotidiano "normal" porque já tive noutras situações como esta e normalmente o resultado não costuma ser famoso.
É preciso pensar que a nossa mudança e alteração de registo nem sempre é feito duma forma compreensível para os que nos rodeiam e principalmente é preciso dar tempo para a habituação e principalmente tentar manter sempre abertos os canais de comunicação, o que é complicado quando aparentemente os interesses são divergentes e o dialogo inexistente.
Devemos, se queremos mesmo, pensar que temos que nos empenhar mais e melhor, sobretudo quando sentimos que o quotidiano não é satisfatório e que pode conduzir a situações desagradáveis. Façamos o possível por melhorar e por perceber que a dinâmica das pessoas e das relações vai mudando e alterando-se ao longo dos tempos, mas o importante é que para além dos sentimentos, as pessoas se sintam bem nesse quotidiano.
A vida continua, a situação deste (pobre) Portugal na mesma, cada vez pior e num plano cada vez mais inclinado, mas temos e devemos manter o nosso SORRISO cheio de FORÇA e de VONTADE de estarmos cada vez melhor connosco e com os que nos rodeiam.




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