domingo, novembro 14, 2010

Domingo

Ontem acabámos por jantar, não no Estado Líquido, mas no Sessenta, onde não ia desde a festa dos 18 anos do meu filho Fran, há mais dum ano. É sempre um espaço agradável, com um bom serviço e boa comida. Aliás jantei muito bem... 
MAs principalmente foi a companhia o forte do jantar, uma vez que foi um jantar tranquilo sem crianças e durante o qual a conversa foi fácil e descontraída, como o pode ser entre verdadeiros amigos. No fim do mesmo, a CA foi ter connosco para tomar café, tendo-a achado mais descontraída e solta, o que é bastante bom e agradável de constatar.
Durante a tarde, fomos ao Allegro, tendo acabado praticamente as compras de Natal e sabendo já mais ou menos o que me falta ainda comprar e à Baixa. E gostei bastante de ter ido passear pela Baixa, precisamente pelo movimento e pela multiplicidade de pessoas, géneros, barulhos e cheiros. É uma imensa fauna que se movimenta pelo Chiado numa enorme riqueza humana e que gosto bastante de ver, sobretudo porque dá a imagem duma sociedade em progresso e em desenvolvimento, permitindo assim esquecer o nosso presente.
No intervalo entre a Baixa e o jantar, deu para dormir um pouquinho para estar mais fresco ao jantar - acordei pelas 8 da manhã - e poder desfrutar do serão.
Apercebi-me de algumas pequenas coisas das pessoas e de certas nuances dos relacionamentos, tendo constatado que talvez também tenha que alterar certos procedimentos e maneiras de estar, se bem que sinta uma grande dificuldade em modificar certos registos e comportamentos, que estão demasiado entranhados no meu ego e se bem que o EU tenha consciência da necessidade dessas mudanças nem sempre é fácil essa alteração. Também quando há uma permanente e latente "agressividade" que nos atinge bastante, é difícil alterar comportamentos, mas ontem reparei que é comum às pessoas que me rodeiam terem uma certa agressividade nos seus comentários, sendo isso uma forma de reagir e não uma "afronta" pessoal ou falta de sentimentos. Talvez eu seja doutra fornada, em que esta forma de falar e apresentar argumentos fosse feita doutra maneira quando se está entre amigos. Ou talvez, esteja com uma sensibilidade mais apurada, acusando mais este tom seco e frontal.
Curiosamente reparei ontem que a minha grande e querida amiga CP utiliza também este tom muito agreste e seco nas suas conversas para expor os seus pontos de vista, apetecendo-me às vezes chamar-lhe a atenção e interromper a conversa, mas sei que é a maneira dela de falar e começo a ficar habituado. Pelo que provavelmente também terei que me habituar à maneira de falar a  quem comigo coabita e que me tem feito alguma impressão mesmo. Não é, pelo que me apercebo, apenas resultado duma psicoterapia mas também deve ser mesmo maneira de ser e de estar.
O meu filho Fran está a atravessar uma fase complicada porque está a viver uma fase se plena adolescência e de jovem adulto, mas sem um certo amadurecimento que, acho, já deveria ter. Se calhar a culpa é também dos pais que sempre o tentaram proteger demais, mas a verdade é que tem mesmo que começar a pensar mais e a tomar mais consciência da realidade da vida e das consequências dos nossos actos. Estes últimos dias foram uma sucessão de pequenos disparates que para além de custarem dinheiro, me deixam cansado e um pouco ( ou muito !) chateado. Ele tem que mudar um pouco a mentalidade e descer um pouco à terra e entrar na realidade.
Estamos já no fim da manhã de domingo pelo que me vou arranjar para ir talvez dar uma volta, mas agora com um grande SORRISO vou ver o que irá ser o meu almoço desta dieta que anda um pouco alterada.
PS. ontem discutiu-se a questão do acordo ortográfico, a sua lógica e novas formas de escrever. Sei que tem que assim ser nos jornais, documentos oficiais e outras, mas eu continuarei a escrever de acordo com a ortografia "antiga"


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