Principio da semana, entrecortada por um feriado a meio da semana, com o qual se inicia o último mês do ano, mês de festas e de Natal. Ou seja, é 2ª feira, dia que não é mesmo nada do meu agrado, mas que tem que ser cumprido.
Começamos logo por saber que a assistente do gabinete 2 teve que fugir de casa por ser vítima de violência doméstica e estar neste momento refugiada algures na província para escapar ao marido, que segundo contou, lhe deu uma enorme tareia. Há vidas desgraçadas e estes casos são tremendos e muito complicados, tanto mais que estão envoltos também numa pobreza relativa e numa família numerosa, sendo ela uma desempregada de longa duração que conseguiu agora um part time no meu consultório. Muitas vezes, desconhecemos completamente os dramas humanas que estão escondidos no interior das casas e que são autênticas tragédias humanas. No meu historial faltava ainda esta componente porque, infelizmente, já tive muitas estórias para contar mas deste teor, nunca.
Como estamos mesmo numa época de crise, tenho já quem a substitua nestes dias até ela regressar, se o fizer, uma vez que nestes casos o mais frequente é refazerem a vida longe do seu local habitual de trabalho e irem para outra cidade. Tenho pena porque já estava habituada a sua presença e vamos ter que reiniciar uma vez mais o processo de aprendizagem, se bem que e por força das circunstâncias actuais , seja bem mais fácil arranjar neste momento quem queira trabalhar. E já tenho duas potenciais candidatas ao lugar para começarem a trabalhar já amanhã.
Sinto-me cansado deste fim de semana cheio de actividades mas no qual estive também com muita gente com quem não é habitual estar e, ontem, em casa da minha prima teve-se uma conversa fluída e simpática, tendo-se recordado o meu Pai, de quem os meus primos gostavam bastante. Os meus tios e a minha Mãe estão todos a entrar nos seus 90 anos e sempre que estou com eles , penso no futuro e no tempo que ainda estarão connosco uma vez que a vida não é eterna. Temos por isso que aproveitar ao máxima a companhia deles e estes acontecimentos para estarmos juntos e podermos todos desfrutar uns dos outros.
É 2ª feira, um dia frio, cinzento, chuvoso e pouco atraente no consultório por causa dos doentes marcados, que são quase todos banalidades e alguns deles, habituais faltadores às consultas, pelo que a vontade é pouca ou nenhuma, para além de que estou com frio e com uma pequena dor de cabeça, normal nestes dias em que, ao contrário do que é habitual, acordo com o barulho do despertador e um pouco em sobressalto, apenas com vontade de me voltar para o lado e continuar a dormir. Mas resisto a essa vontade, lá me levanto e começo o meu dia a tomar o meu lauto pequeno almoço.
Fico-me com o meu habitual SORRISO, a tentar ficar animado e interiormente luminoso, se bem que a minha vontade seja apenas e tão só ir até casa e por lá ficar, mas não pode ser e vamos mesmo acabar as consultas do SAMS e ir para o consultório
Sem comentários:
Enviar um comentário