segunda-feira, novembro 08, 2010

2ª feira

Novamente 2ª feira, um dia cinzento de chuva, tendo chegado ao carro e constatado que tenho o pára brisas avariado e impossibilitado de funcionar. Por isso, tive que parar algumas vezes para limpar o vidro e logo terei que passar pela oficina para ver se conseguem remediar a situação.
É uma boa maneira para começar o meu dia, mas podia ser pior se estivesse de tal maneira a chover que nem desse para vir a guiar. Espero que mais logo, quando tiver que ir para casa, esteja melhor tempo para poder ter visibilidade e conseguir chegar à oficina.
O domingo foi pacifico, ou pelo menos, foi caseiro tendo havido, infelizmente, algumas picardias que se estão a tornar mais frequentes e que me deixam triste e infeliz, porque a verdade é que, apesar da realidade dos sentimentos, há neste momento um choque de feitios e de personalidade que não sei aonde irá acabar, O caminho começa a estreitar-se demasiado e só espero que não se torne definitivamente irreversível porque não é isso que desejo, mas também não sei muito bem como dar a volta a este conflito de ideias, personalidades e maneiras de estar na vida e neste quotidiano.
A vida prossegue ao seu ritmo próprio e da sua maneira, independentemente da nossa vontade ou desejos, uma vez que, uma vez mais sinto estar tudo parado à espera de desenvolvimentos e de acontecimentos que nos ultrapassam completamente. Este imenso pântano em que nos encontramos, está a levar-nos lentamente ao fundo, sem se ver vontade efectiva de sairmos desta lama e conseguirmos dar uma volta séria e real à nossa vida colectiva, porque o problema é precisamente esse, ou seja, uma paralisia total que nos tolhe os movimentos e a vontade de seguir em frente e vencer estes obstáculos. OS exemplos que nos chegam são desastrosos e os caminhos traçados, inexistentes ou irreais pelo que nos ficamos pela nossa existência comezinha, sem qualquer perspectiva de efectiva mudança.
Ontem ao ler os jornais e semanários, ao ver os noticiários, constatei que a maioria dos analistas e das notícias acham que estamos em fim de ciclo e a chegar mesmo ao terminal desta república, mas dados os condicionalismos em que estamos - eleições presidenciais, impossibilidade de eleições legislativas, falta de maioria no parlamento e sobretudo ausência de estadistas e de verdadeiros líderes nacionais ( e não partidários ) - vamo-nos afundando "alegremente" sem que haja um "salvador" da pátria, mesmo que isso implicasse a diminuição de liberdades e direitos. Em primeiro lugar deveria estar o País e os portugueses e só depois esses famosos direitos que nos estão a levar ao fundo. Não defendo ditadores ou parecidos, mas apenas verdadeiros ESTADISTAS que nos consigam fazer sair deste buraco
Constato também que, apesar desta realidade, a maioria das pessoas queixa-se e deprime-se mas não exerce o seu direito de cidadania e de indignação, exigindo que se faça mesmo frente à realidade, não com manifestações ou greves, mas com ideias, mais trabalho e exemplo, punindo os responsáveis e correndo com todos os incompetentes e anormais que nos rodeiam. Tem que haver a manifestação da nosso vontade colectiva de vencer este quotidiano e talvez seja necessário agruparmo-nos em movimentos sociais ou redes sociais que parecem conseguir resolver muitas coisas ou pelo menos alertar para as realidades.
No sábado, passei ainda no Estado líquido para cumprimentar o meu afilhado e marcar uma conversa com ele, porque parece que as coisas não estão famosas e é preciso que os padrinhos tentem "concertar" as vidas dos afilhados e percebam o que efectivamente se passa. Infelizmente ontem, domingo não foi possível ter essa conversa, pelo que espero que tenhamos a oportunidade de o fazer amanha, 3ª feira.
Hoje sinto-me amorfo e meio vazio, sensação estranha mas cada vez mais frequente porque sinto a necessidade de preencher estes vazios e estas ausências com algo, que não sei definir e que ainda não encontrei. Acho que estou numa espécie de turning point, conhecedor do que terminou e ficou para trás, mas desconhecendo o que poderei ainda fazer no futuro, o que e deixa então com esta sensação de vazio, que já me acompanha há algum tempo. Tenho mesmo que encontrar algo que me preencha a necessidade de ser útil e de poder aproveitar as minhas potencialidades para fazer algo mais da minha vida. Continuo à procura e até agradeço a quem me posso dar ideias...
Um SORRISO de início de semana, que é um SORRISO pacato e melancólico com o desejo duma semana cheia de ENERGIA e de trabalho, na realização dos nossos objectivos para além duma harmonia pessoal e afectiva




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