domingo, março 21, 2010

Domingo

Ontem fomos visitar o novo elemento da família C, que é uma menina pequenina e ternurenta, com apenas 9 dias de vida e toda a alegria da família e em especial da ervilhinha, que parece aceitar muitíssimo bem a presença do novo elemento. Que tudo corra o melhor possível, com muita e muita FORÇA e ENERGIA.
De manhã fui à minha sessão analítica, tendo sido simultâneamente proveitosa e relaxante, porque fomos parar uma vez mais à minha infância e a todos os problemas resultantes das faltas e lacunas desses anos que deixaram muitas e profundas marcas. Curiosamente revi-me muito novo e quase que que consegui tocar nesse menino inocente e triste sentado nos degraus duma vivenda aonde vivíamos na altura. Foi emocionante e deixou-me uma sensação de alívio por ter percebido uma vez mais um dos pontos fulcrais da minha problemática e da minha personalidade. E ao ver a pequena M, rodeada de tanto carinho e amor apercebi-me da efectiva importância duma envolvência feita de energia e força, para dar uma identidade e uma realidade forte e bem real, sem problemas futuros. Pelo menos, causados por esta sensação de falta de afectos ou de carinhos
Os afectos e as suas manifestações são efectivamente muito importantes no desenrolar da vida das pessoas e cada vez mais consigo descortinar nas atitudes e reacções das pessoas o seu desenvolvimento e as suas carências, seja pelas suas reacções, seja pela forma de estar na vida. A nossa grande amiga CP, foi connosco e tenho vindo a reparar que, e já lho disse, está a ficar mais caustica e agressiva perante a vida e as circunstancias, mas a verdade é que analisando todo o seu percurso de vida não é estranho que assim seja e espero que, tendo consciência desse facto, consiga adocicar a sua imagem e interagir duma forma mais suave.
Ontem tivemos a ver mais séries gravadas e estivemos a ver um filme já antigo, "jerusálem", que conta precisamente o início do estado de Israel e todos os problemas e deficiências desse mesmo estado nos seus primórdios. Apenas a força e a coragem dum povo, saído dum holocausto imenso, conseguiria erguer um estado de pouco milhares contra milhões de árabes cheios dum imenso ódio e raiva. Admiro o povo judeu (creio que fui judeu numa das minha vidas ) pela sua tenacidade, energia e força e queria que todos vivessem em paz e harmonia no médio oriente, mas infelizmente os ódios antigos, as mentiras e os interesses não permitem um entendimento salutar e pacífico, o que é de lamentar. Mas nesse longíguo ano de 1949 a luta era dura, desigual e enorme e apenas a enorme firmeza e força moral permitiu ao povo judeu vencer a guerra pela criação dum novo estado que ainda hoje existe e existirá.
Gostava de visitar Israel e principalmente Jerusalém, pelo misticismo e pela religiosidade que deve existir para além do encontro de religiões que deve existir e ser palpável.
Hoje, domingo, é dia de leituras e daqui a pouco ir tomar café com uma eventual interessada no consultório e uma vez mais tentar que alguém se comece a interessar verdadeiramente em ficar com o "negócio" duma forma consistente e firme. Gostava pelo menos de ter alguém interessado na gestão do quotidiano e na resolução dos problemas existentes, o que seria uma grande ajuda. E como o mundo é efectivamente pequeno, trata-se duma sobrinha dum grande amigo meu da faculdade de medicina e com quem convivi anos a fio, tanto mais que éramos vizinhos na Lapa.
É hora do almoço e vou arranjar-me e comer qualquer coisa, com um imenso e forte SORRISO especialmente dedicado à pequenina e querida MC, com muita força e energia positiva
PS: ontem foi um dia em que me apeteceu cozinhar e assim para além duns maravilhosos ovos para o almoço, fiz para o jantar um wok de vegetais com carne, que estava muito bom. Ao lanche, comemos uns deliciosos scones com um bom chá de jasmim com os nossos amigos. Foi também um sábado duma certa gastronomia. Tenho que me dedicar mais à cozinha, para não perder a mão...

1 comentário:

Unknown disse...

teve a cozinhar tio?? estou a ver que há ai um novo dote!! :)