Momentos

Há momentos na vida que podem ser diferentes apenas apenas e tão só porque ou estamos com alguém de quem gostamos ou começamos a gostar, ou por estarmos satisfeitos connosco próprios ou Ainda porque estamos a aprender a estar neste mesmo momento duma forma pacata e tranquila.

Ou seja, desfrutar do que temos, do que somos e não daquilo que não temos ou do que, com ilusão, queremos que seja; perceber e entranhar que as pessoas que nos rodeiam têm vontade própria, identidade formada e uma personalidade a respeitar porque apenas assim conseguiremos estar de bem connosco e com o mundo.

Tudo isto a propósito de ir apreendendo que pode haver momentos que surgem do nada e nos dão FELICIDADE, alegria e sobretudo bem estar. Que podem ser efêmeros e passageiros, mas que enquanto duram são bons, compensadores e enriquecedores da nossa própria identidade.

Não é por ter grandes programas, uma agenda preenchida ao minuto que serei mais feliz, mas sim aproveitando o que me é dado em cada momento, quer sozinho quer com alguém especial ou muito,amigo. 

Também não é passar a noite em bares ou em discotecas que faz a diferença, mas sim e apenas estar-se com quem se gosta e quer estar. Ter objectivos neste campo não significa tudo fazer para se alcançar o que se quer, mas sim saber viver duma forma equilibrada, calma e segura. Sem atropelar seja quem for ou querer controlar, dominar ou egoisticamente pretender comandar seja o que for.

Qualquer relação saudável, qualquer interligação com quem quer que seja tem de ser baseada em princípios, em igualdade de direitos e respeito pela identidade e idiossincracias de cada pessoa para que posso surgir uma ligação positiva e duradoura.

Apesar dos meus quase sessenta anos Ainda tenho muito para aprender, para vivenciar, bem como Ainda me falta muito para me conhecer a mim mesmo, duma forma totalmente diferente do conhecimento que tenho até ao presente momento. 

Tenho feito uma evolução bastante grande ao longo destes anos de análise e de revezes na vida, descoberto imensas coisas que me marcaram duma forma que nem desconfiava e que, efectivamente, fizeram de mim muito do que sou.

Neste momento tenho plena consciência do muito que ainda falta fazer e evoluir para poder crescer, amadurecer e ser , não a eterna criança mimada e birrenta, mas o adulto consciente, tranquilo e seguro de si próprio. Quero deixar para trás esta infância tal mal resolvida, este vazio de sentimentos transmitida por quem me gerou, bem como todos os traumatismos e problemas que sempre estiveram presentes na minha cabeça para conseguir ser um elemento bem estruturado, bem elaborado e satisfeito consigo próprio e com a vida.

Como ontem me dizia o meu psiquiatra, para que assim seja preciso em primeiro lugar de me reposicionar na vida, encontrar os meus valores e a minha identidade, bem como o meu equilíbrio e bem estar interior para então poder estar numa relação afectiva que me dê a estabilidade de que preciso mesmo para me sentir completo.

Não peço muito, mas apenas estabilidade interior, relação afectiva tranquila e vida profissional preenchida... se assim for, certamente que o meu SORRISO poderá ser e será mais positivo, mais forte e bastante mais luminoso e colorido porque estarei em PAZ e estarei bem comigo próprio.