Momentos

Há (velhos) hábitos que não se perdem mesmo, independentemente das pessoas! Um desses meus hábitos é não conseguir dormir a partir duma determinada hora da madrugada se não sinto a outra pessoa a meu lado... acordo estremunhado e costuma-me imenso reconciliar de novo o sono.

Acho que há muito que sou assim e que me acontece isto, ficando depois com uma enorme preguiça e deficit de sono... ontem não fui precisamente sair para me poder deitar cedo e, uma vez mais, acontece_me isto que me deixa bastante sonolento pela manhã. Sobretudo quando tenho de começar às oito da manhã.

Ontem tivemos outro jantar em casa, extremamente informal e muitíssimo simpático, que decorreu num ambiente excelente, descontraído e feliz. Também são factos novos para mim, esta forma de receber e de estar, podendo tomar desfrutar muito mais da ocasião,  das pessoas e do momento.

Estou a aprender esta vivência do dia a dia, de aproveitar cada momento da melhor forma, sabendo que cada um desses momentos é irrepetível e único, tendo que o aproveitar e tirar dele o máximo que pudermos.

Também estou a saber dar tempo ao tempo, a esperar pelo timing certo, a não querer tudo para ontem nem tão pouco a exigir que os meus tempos sejam os certos ou os que devem ser cumpridos. Bem como a respeitar os silêncios, as pausas, as reticências e, no fundo, a identidade e a personalidade de cada pessoa.

Na construção de qualquer coisa, é sempre preciso paciência, tempo e ainda determinação e empenho nessa mesma edificação do que quer que seja, porque nada pode ser feito num ápice, nem tão pouco as pessoas são espelhos uns dos outros. Cada um de nós tem a sua identidade e idiossincracia, a sua forma de encarar o mundo e a vida, cabendo por isso a ambos integrar essa visão e essa maneira de estar na própria realIdade que se pode ter e fazer. Apenas com essa perspectiva de uma independência interligada e numa grande base de confiança e de respeito mútuo se consegue construir algo saudável, verdadeiro e duradouro. É evidente que nunca podemos saber o que o futuro nos vai dar, mas tenho, neste momento, a certeza de que é no presente e nestes momentos que conseguimos projectar-nos no futuro quando for a altura e o tempo correcto.

Ou seja, antecipar o futuro, desfrutando-o ou sofrendo por antecipação foi um dos meus grandes erros que, felizmente, estou completamente a ultrapassar e a conseguir viver um momento de cada vez, etapa a etapa e dia a dia.... será talvez o segredo para conseguirmos ser efectivamente FELIZES, sempre com um SORRISO cheio de cor, de luz e de intensidade crescente.