quinta-feira, dezembro 03, 2015

Ego

Amor, confiança e estima têm de começar em nós próprios e dentro de nós. Esse é um dos meus desafios principais e aquele que tenho mesmo de vencer. Hoje tudo isso ecoa dentro de mim e em mim com uma força e uma violência enorme.
Esta semana foi violenta, forte e muitíssimo complicada porque tive de enfrentar muitos fantasmas, muitos medos e tomar contacto com algo que sempre me impressionou e me fez muito mal, a MORTE.
E não deixa de ser curioso que, sendo eu médico, tenha este tão grande medo deste acontecimento que é o mais natural e aquilo em que todos somos iguais. No nascimento e na morte.
Mas mais do que tudo isso, é a própria negação da minha identidade, do meu ser e do meu Ego que está, neste momento, bastante abalado, confuso, dorido e aparentemente sem um rumo definido e certo. 
Sinto com uma mágoa enorme esta revolta dentro de mim e em mim que não me deixa estar em paz comigo mesmo e viver a vida duma forma serena, calma e tranquila como gostaria. Estou revoltado comigo e com esta minha (estranha) forma de viver e de estar porque me causa um enorme desconforto, imensos problemas e confrontos gigantescos comigo próprio.
Ao não me encarar, empolo e dou demasiada importância aos objectos externos, a circunstâncias exteriores a mim próprio e deixo-me envolver por todos os ruídos supérfluos que me envolvem e, muitas vezes, deviam ser reduzidos ao seu verdadeiro lugar e são, exageradamente, sentidos, vividos e dolorosos.
Mas "the show must go"... ou seja, com mais ou menos alegria, mais ou menos felicidade, temos de manter sempre o nosso SORRISO e a nossa capacidade de estarmos em nós e connosco mesmos na certeza de que esse é o caminho e essa a única forma de estarmos bem na vida e também com os outros.
PS: não me apetece escrever muito mais porque já tive uma sessão bastante forte e ainda estou abalado por muita coisa e por tudo aquilo que vivenciei esta semana e nestes últimos dias.

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