Tenho vindo a aprender que o silêncio interno é extremamente benéfico para o nosso crescimento e amadurecimento, bem como para o nosso conhecimento interno e diminuição de hábitos patológicos ou menos saudáveis. Mas porque será que, por vezes, o silêncio entre duas pessoas se torna numa cacofonia insuportável e desconfortável ?
Será por se ter a sensação dum afastamento ou duma dúvida persistente sem se conseguir perceber exactamente o que se passa, nem tão pouco se saber o que se pode fazer ou não para modificar o status quo, que me vai magoando em cada dia que passa e pesando imenso nos meus medos e fantasmas.
Provavelmente será bastante difícil a conciliação de dois processos de crescimento e conhecimento interior que, por caminhos e processos diferentes, vão fazendo o seu percurso para se atingir os mesmos fins. E para se conseguir alcançar o tal silêncio interno e a felicidade.
Mas quando se constata uma imensa interiorização duma das partes, quase nos sentindo excluídos desse mundo, fica-se preocupado, mais pensativo e sem iniciativa porque se desconhece a realidade do outro ou o seu pensamento ou intenções.
A verdade é que também o caminho que se está a fazer colide ou talvez impeça que se compreenda melhor ou como deve ser a realidade que nos envolve ou os sentimentos e reacções de quem está connosco.
A realidade nunca é vista da mesma forma por duas pessoas como sempre soube e cada vez mais constato isso mesmo, mas pelo menos tem de haver pontes de contacto, ligações fortes, bem como e principalmente a vontade de estar e fazer com que as coisas resultem. Não são os silêncios ruidosos ou a a criação de mundos interiores próprios e que quase excluem o outro que podem fortalecer uma união ou uma relação. Antes pelo contrário...
Ontem foi um domingo intenso... o habitual jogo de Padel, almoço com o meu filho Fran, em trânsito por lisboa e com partida marcada para o fim do dia e ausência de um mês desta vez. Depois o lanche de aniversário das filhas dos amigos e compadres C, que ontem teve a surpresa de ter uma ementa muito boa, feita pela avó das meninas. Estava tudo excelente.
Felizmente que para a semana já começo em Odivelas em novo horário e em novas funções, bem como espero conseguir mudar os horários do consultório para poder também mudar aqui é estar mais tempo no centro de Odivelas. Vamos a ver...
Hoje vou, finalmente, ter uma reunião com a responsável da Bolsa de Voluntariado de Oeiras, para definir o meu percurso e as possibilidades existentes, tendo escolhido um apoio a jovens e adolescentes da Portela que fica perto e que penso poder integrar com algum sucesso e sentir-me útil.
Para esta semana agora iniciada o meu SORRISO e a necessidade absoluta de compreender o que me rodeia, ter a segurança de que necessito, bem como estar de bem com o meu silêncio e interiorização. Preciso disso!!
PS: faz hoje 7 anos que o meu Pai faleceu. Da angústia sentida, dos "remorsos" tidos e da saudade imensa, fica hoje a memória dele, a sua vida e a sua presença. Mas também a aceitação do que ele foi e de como foi a nossa relação. Sem fantasmas, sem lamentos nem pedidos do impossível. Apenas e tão só a constatação da data e a certeza de que gostaria de ter falado com ele acerca de muita coisa, mas foi assim e assim temos de aceitar.
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