sexta-feira, março 27, 2015

Praia

Um novo dia, no qual podemos fazer o que quisermos, mesmo que seja nada fazer. Uma sensação de liberdade, de não haver guiões ou horas marcadas a não ser as que queremos e desejamos.
São mesmo dias de preguiça, de descanso mental e físico e de afastamento do habitual quotidiano; é muito agradável podermos estar afastados desse dia a dia e seguirmos outros trilhos e outros caminhos.
Nesta lógica de férias, escolhemos o que queremos na altura, seguimos a nossa vontade e instinto sem programas pré-definidos ou narrativas pré-programadas. E é uma sensação tranquila, calma e sobretudo compensadora para o nosso espírito e identidade.
Poder ter estes pequenos "luxos" na vida, poder de vez em quando sair da rotina, cansativa e perturbadora, saber dar valor às pequenas benesses da vida e ainda das pessoas e gratificante e dá-nos outras perspectiva da vida e do que nos rodeia.
Por vezes há flashes perturbadores destes momentos em que tentamos impor o controle e balizar comportamentos, que significa retrocesso e um deslizar para outros comportamentos e outros tempos que não queremos nem desejamos. Mas nem tudo se pode alterar dum momento para o outro....
Hoje penso na diáspora da minha família, em que há uma dispersão de pessoas por muitos locais e países, cada qual com a sua vida, as suas rotinas e as suas ligações afectivas. É a vida que se foi criando e que se foi organizando desta forma, sentindo a necessidade que estas ligações se mantenham e perdurem. 
Todos eles têm lugar cativo na minha memória e um espaço na minha vida; as vissicitudes, os momentos e factos da vida fazem com que a aproximação/afastamento das pessoas sigam o seu caminho e as suas alturas, mas na certeza de haver sempre uma ligação, um espírito de família é uma interligação grande. 
Estamos na praia, com um tempo muito agradável e uma temperatura amena e prazenteira. São estes momentos que fazem valer a pena estar vivo, ter uma relação forte e neste momento duradoura e estável, uma família imensa cheia de laços e interligações e ainda alguns bons amigos e muitos conhecidos.
Talvez seja este o meu caminho de vida; não ter guiões, nem roteiros estabelecidos e não esperar mais do que aquilo que tenho e consigo para que o SORRISO possa ser sempre algo muito sentido e vivido, na certeza de que é mesmo em nós que é tudo.

Sem comentários: