quarta-feira, junho 18, 2014

Tempo Instável

O tempo anda bastante estranho, como andam também as pessoas e a forma como se movem e agem. Faz bastante confusão a forma como se confirmam coisas e depois não se cumpre, falta-se e não se respeita o tempo de ninguém, nem se tenta dar uma justificação ou simplesmente um pedido de desculpas.
Também assim é a visão de algumas pessoas que, olhando apenas para o seu umbigo, tudo centram no seu próprio interesse e forma de ver o mundo e o seu ambiente.
Ontem constatei que, apesar de ainda estar num processo incipiente já consigo respeitar mais e melhor o espaço individual de cada um, bem como os limites que se deve ter. Para mim, é notório essa transformação ou evolução no relacionamento com as demais pessoas, principalmente com as que me interessam e fazem parte da minha vida.
Cada um de nós tem o seu mundo, a sua individualidade e independência mesmo que se viva em permanência com outra pessoa, porque a verdade é que, apenas este respeito pelo espaço próprio permite uma convivência salutar e geradora de bem estar.
Reconheço a minha incapacidade passada de parar a tempo e de não ultrapassar as barreiras de cada um, na minha prepotência e vontade de controlar tudo e todos. É lógico que esse comportamento tem riscos de conflitualidade, bem como de deixar marcas profundas nas pessoas, bem como alimentar a minha aparente inesgotável sede de culpa e remorso. 
Felizmente que se está a tornar bem mais fácil a gestão destes sentimentos e sensações que se estão a tornar menos frequentes e preponderantes, para bem do meu equilíbrio e ainda da harmonia geral. Esta análise constante do que é possível fazer ou dizer, bem como a atenção aos procedimentos diários e aos pequenos gestos que se podem evitar para não lesar o próximo, permitem que nós sintamos melhor, mas também que os outros nos vejam doutra forma e interajam connosco duma maneira mais positiva e sincera.
Ou seja, para termos alguma coisa, devemos também dar o que podemos e saber, bem como por sistema não pôr nos outros o ónus da culpa ou do mal feito. Certamente que em todas as situações há sempre os dois lados da questão e temos a obrigação de termos a consciência desse facto e a sermos permeáveis ao que nos rodeia. Permeáveis não significa permissivos ou que consintamos tudo o que nos aparece, mas sim que, com respeito, inteligência e consciência saibamos marcar a nossa posição e ao mesmo tempo aceitarmos ou perceber o outro lado da questão. Torna-se tudo bem mais fácil...
Este sábado vou fazer um exame meio chato que ando a adiar há algum tempo e que tem mesmo que ser feito, pelo que vou aproveitar o fim de semana para isso, uma vez que se fica meio incapacitado para se trabalhar duma forma eficaz ou rentável.
Ainda na sexta teremos uma resolução final, assim o espero, do nosso futuro próximo para que duma forma pacífica e simples, se consiga finalmente arrumar assuntos e seguir em gente sem se estar sempre em dúvida ou em constante guerrilha por pequenos nadas que não tem qualquer valor ou força lógica.
Há coisas tão importantes na nossa vida individual e colectiva que temos, devemos relativizar estes factos ou sensações que pouca ou nenhuma importância têm e que apenas são fruto de interpretações muito estreitas e fechadas, sem a devida e necessária abertura para uma correcta avaliação do que nos rodeia.
De qualquer forma, mantemos o nosso SORRISO sempre mais empenhado e mais forte na procura da nossa felicidade e das pessoas que amamos e estimamos, que é na sua essência o que todos nós queremos.

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