sábado, junho 28, 2014

Sábado

Hoje acordei de madrugada com um catarro imenso... pareço daqueles senhores idosos e fumadores inveterados que estão sempre envoltos numa nuvem de fumo. E eu deixei de fumar há quase sete anos.... num dia particularmente triste por ser o funeral duma pessoa que ainda hoje recordo com muita saudade.
A morte, como o nascimento, é universal para todos, bem como um mistério que perdura havendo todo o tipo de especulações, mas nenhumas certezas. Dizem os esotéricos que escolhemos a família onde queremos nascer, para colmatar o nosso processo de evolução, outros que nós transformamos em energia cósmica depois de morrermos, mas será que tudo se resume a energia, como disse Einstein ?
Era engraçado pudermos começar a nossa vida ao contrario, ou seja, da velhice à concepção porque assim encerrávamos o nosso ciclo com um momento bem feliz, luminoso e preenchido.... mas a evolução da vida é a que temos, somos concebidos ( e há quem defenda que é um dos momentos mais importantes para o ser humano), estamos nove meses ( no meu caso, sete) em gestação, nascemos, ficamos indefesos nos nossos primeiros tempos, vamos absorvendo o que nos rodeia e construindo a nossa identidade. Há quem diga que somos uma página em branco quando nascemos, mas pessoalmente acredito que já trazemos muita coisa connosco e no nosso DNA. 
Para uns os nossos primeiros anos são os mais importantes na nossa formação, enquanto para outros há uma evolução permanente e o que é realmente importante é a gestação. Há teorias para todos os gostos e feitios, todos coincidindo na importância da nos formação, nas nossas interligações e na principio fundamental da vida, a felicidade e o bem estar.
Pessoalmente acredito que o tempo estacionado é bastante importante, sobretudo ao ser-se desejado e querido, assim como é importante o acompanhamento nos primeiros anos de vida e a integração dos muitos factores existentes. O papel dos Pais é duma importância capital, bem como da escola e da sociedade, tudo fazendo parte do todo que nós somos e nos tornamos.
Neste momento sinto que o nosso património pessoal e familiar é a base da nossa identidade e fundamental na construção do nosso Ego, na medida em que (quase) tudo o que vamos acumulando, sentindo, percepcionado nos condiciona duma forma determinante e evidente, com as várias possibilidades existentes. Seja sermos "normais" , seja termos uma personalidade neuróticas ou psicótica com as evidentes diferenças entre elas e as grandes variações dentro de cada um desses grupos.
A mente humana é algo de grandioso, havendo ainda um mundo desconhecido para explorar, conhecer e principalmente dar a utilização que deve ter e ainda não sabemos descortinar. Sabendo-se que apenas conhecemos uma ínfima parte desse mesmo cérebro e que a sua utilização também nos parece, por enquanto, limitada temos um imenso caminho para percorrer. Felizmente que a evolução e a pesquisa das neurociências é enorme e com a perspectiva de se começar a perceber melhor esse campo e sobretudo a conseguir-se ter a ideia de terapêuticas para algumas das "piores" doenças mentais e degenerativas.
Quando falamos de Alzheimer, por exemplo, temos a explicação científica e na qual acredito da degeneração neuronal, da quebra sinapticas etc e felizmente nas descobertas acerca desta mesma doença que permitirão num futuro não muito longiguo, a sua prevenção ou cura. Esotericamente diz-se que essa estado é causado pela vontade da pessoa em esquecer a sua vida passada, os seus sentimentos, emoções e memórias por ser incapaz de lidar com elas. 
Como para tudo na vida, há muitas explicações para o mesmo facto e a aparente mesma realidade, apesar de cada um de nós ter a percepção dessa mesma realidade de formas bem diferentes e pessoais, como já temos falado por aqui.
Concluindo: a nossa mente é um Universo, que vamos conhecendo cada vez melhor e que, dia a dia, se vai descobrindo mais acerca do mesmo, com possibilidades infinitas se bem que seja da opinião que nunca se conseguirá saber tudo. Neste particular, lembro-me da cena inicial do filme 2001 odisseia no espaço em que a peça de metal que aparece aos macacos representa precisamente o desconhecido que sempre existirá. Sei que haverá sempre na história da humanidade algo que não conhecemos, para que assim se possa sempre progredir e procurar o que não sabemos.
Um enorme SORRISO com muita força, energia e sobretudo a certeza de que podemos ser Felizes e devemos usufruir o máximo do que somos e temos.


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