segunda-feira, junho 09, 2014

Filhos e Educação

De ponte.... semana de feriados e de apenas dia e meio de trabalho que se aproveita para descansar e não pensar em (quase) nada.
Ontem tivemos a casa cheia, com sobrinhos, sobrinhos netos e amigos com os filhos, para um dia bem sucedido e divertido. Apesar de não estar um dia de tempo excepcional deu para os miúdos terem passado o dia na piscina e se terem divertido e brincado todo o dia. Para nós, adultos, foi um dia de amizade, conversa e de estreitar laços existentes e cada vez mais fortes. Foi por isso um dia bem sucedido e que nos proporciona o tal aquecimento de alma de que necessitamos e gostamos.
A educação das crianças é, efectivamente, algo que difere em todos os Pais e ainda das crianças, mas a verdade é que tem muito a ver connosco próprios e com a nossa própria infância, medos, frustrações e sensibilidades. Constato que há crianças que poderiam ser completamente "selvagens"e indomáveis e que são duma doçura e tranquilidade imensa, bem como o contrario.
Como há muito que digo, não havendo cartilha de como educar os filhos, devemos seguir o nosso bom senso e fazermos o que achamos melhor, bem como talvez sermos capazes de ouvir quem nos é próximo e verdadeiramente amigo. 
Duma coisa tenho a certeza, que é o saber dizer não aos filhos na altura certa e assim fazer com que saibam lidar com as suas frustrações e vontades, bem como apenas "ameaçar " com aquilo que temos a certeza de sermos capazes, não estando sempre em atitudes sem consequências.
Já é este suficiente a identidade de cada um dos pais para a construção da identidade própria para ainda se cometer sempre os mesmos erros ou projectar nos filhos os nossos medos, as nossas certezas ou fantasmas individuais. Somos e seremos sempre os responsáveis por os termos trazido a este mundo, pelo que devemos sempre fazer o melhor ou pelo menos não os prejudicar indevidamente.
Para além disso, cada filho é um caso e uma identidade própria pelo que nós temos que adaptar a isso e a partir de certa idade respeitar o seu caminho e identidade, tentando apenas ser um Porto de refúgio e uma entidade tutelar se eles o quiserem.
Neste momento da minha vida em que procuro as minhas respostas e em que dou conseguindo dar o espaço devido a quem me acompanha, devo também dar esse mesmo espaço aos meus filhos, esperando que eles também respeitem o meu próprio, mesmo que dele discordem ou que tenham outros caminhos. O importante é acreditarmos no que fizemos e saber que demos o nosso melhor, bem como estarmos presentes quando e se necessário. 
As relações Pais/filhos são das mais complexas que conheço e que vivencio, visto que podem conduzir a extremos, como uma enorme felicidade mas também uma imensa dor como tenho sentido ao longo destes tempos de vida. Ou seja, a complexidade desta tarefa é enorme e temos, devemos, ter muito bom senso e inteligência para não transpormos para os nossos filhos as nossas falhas e medos e dar-lhes consistência e a solidez necessária para serem os adultos fortes e capazes de enfrentar esta vida.
Aliás também está mudança de paradigmas e esta globalização em que vivemos não facilita em nada essa mesma educação visto que o mundo em que eu vivi e cresci nadarem a vê com este mundo actual e do qual os meus filhos fazem parte, pelo que também ejectou num processo de aprendizagem e integração neste mesmo mundo. E neste caso, penso que eles estão bastante bem apetrechados e com as ferramentas certas para seguirem os caminhos devidos e encontrarem a sua felicidade.
Todos os pais querem e desejam para os seus filhos o melhor, mas temos que ter a consciência e a racionalidade de saber e aceitar que cada qual tem o seu próprio caminho e a sua própria identidade, na certeza de que todos temos o nosso trilho... é preciso saber encontrar esse mesmo trilho.
Que as nossas certezas podem não ser as dos nossos filhos nem os nossos caminhos serem semelhantes é algo que entendo e aceito, mas o que não compreendo é a falta de interacção  e de Amor entre pais e filhos que são das relações mais fortes que conheço. Sobretudo da nossa parte como Pais, visto que os filhos encontram muitas vezes caminhos enviesados para nos amarem ou quererem, mas nunca estes laços poderão deixar de existir mesmo que o quotidianos seja pautado por disputas ou querelas. O amor de pai ou mãe é incondicional e permanente.
Um enorme SORRISO para todos os filhos e em especial para os meus, com muita força, luminosidade e sobretudo muito Amor e Felicidade.

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