terça-feira, janeiro 14, 2014

Sonhos

Hoje tive um sonho no seguimento do abordado na sessão da ultima semana, relacionado com o ambiente da casa paterna e das confusões habituais.
Foi como era habitual uma discussão e mau ambiente criado por qualquer ninharia, mas neste caso em concreto - e lembro-me que isso acontecia por vezes - estava a ser defendido pelo meu Pai. Lembro-me disso ter acontecido algumas vezes, bem como actualmente ter a plena consciência ter sido um perfeito joguete nas mãos da MB. Aproveitando-se dos poder económico, associado a um pseudo-interesse, ou pelo menos, a um gostar interesseiro, conseguiu provocar uma brecha no relacionamento com a minha Mãe e irmãos, bem como criar em mim uma grande dissociação de comportamentos e de atitudes.
Isto é, apesar de ter "lucrado" bastante com esta relação, em termos de viagens, dinheiro, roupa, etc, a verdade é que, em termos pessoais e de formação de personalidade, me foi bastante prejudicial e me formatou duma forma menos correcta e positiva.
Aliás muitos dos meus comportamentos, acções e esquemas mentais provem deste passado de muitos e muitos anos em que as zangas, as embirrações, as confabulações e a imagem permanentemente negativa dos meus Pais me foi incutida e martelada.
Agora tenho plena consciência dessa teia que me envolvia e que me alterou muito a minha personalidade, forma de estar e de ver o Universo. Felizmente que, neste momento, as relações familiares verdadeiras estão mantidas e estabilizadas e essas pseudo relações sai uma vez mais suspensas. E ainda bem que assim é....
Continuo a ser dotado de uma percepção bastante apurada e de premonições que muitas vezes se realizam e concretizam, algumas bastante positivas e outras nem por isso. Tenho pena de não acertar nos números do Euromilhões... isso seria a cereja em cima do bolo e a nossa independência total e completa. Para além de que ajudaria muitas pessoas que me são queridas e que estimo bastante.
Neste novo ciclo de análise, penso e sinto que estamos a voltar uma folha importante, relacionado com a parte masculina e paterna da família, bem como com os laços provenientes desse mesmo lado e a conflitualidade sempre existente e fomentada por quem era uma das partes interessadas.
A completa diferença de níveis, de postura de vida, de abnegação e sacrifício, bem como as personalidades em causa, agravadas pela forma de ser do meu Pai, tudo contribuiu para esta miscelânea de sentimentos, de contradições, de ausências, de silêncios dolorosos e ainda desta eterna busca de culpa e da tal faceta de demónio. 
Uma das minhas grandes alegrias do presente é que, apesar de tudo, retomei o contacto, a amizade e o afecto com a minha irmã mais nova, de quem estive afastado quase 20 anos e que adoro. Sempre tivemos uma vida em paralelo e mesmo com todas as manobras de que fomos alvo, conseguimos estar unidos e ter, neste momento, uma relação fantástica e que muito me agrada.
Lamento ter perdido as gravidezes, os nascimentos dos meus sobrinhos e toda uma vida que fomos tendo, mas felizmente que agora recuperamos esse tempo perdido na certeza de que, dificilmente, haverá novas rupturas ou problemas. E isso deixa-me bastante tranquilo e pacífico.
Sinto ainda em relação ao ambiente profissional que me envolve uma nota agressiva, uma falta de interligação e ainda um desligar das pessoas que já estão noutra onda e noutras paragens, como acontece a muito boa gente. Infelizmente será uma realidade o expectável  na medida em que não há mesmo qualquer hipótese de alteração ou de transformar uma mineral num diamante ou pelo menos em algo menos rugoso e agreste. Temos que perceber, aceitar e integrar as diferenças das pessoas, as suas influências e principalmente as suas dificuldades de entendimento e percepção das realidades existentes.
É algo a que me terei que habituar e adaptar, porque efectivamente não posso aceitar certas atitudes e formas de estar e falar, na medida em que é impossível manter uma postura positiva, lógica e humana em determinadas circunstâncias que não controlo e que não desejo de todo nesta fases a minha vida. Esgotei todas as hipóteses e pontes possíveis, tendo a consciência tranquilo por ter feito tudo o que podia e ainda ter "aturado" muitas outras que não devia. Vai ser complicado, uma transição nada fácil mas talvez compense na calma e tranquilidade que, espero, passe a haver e existir.
Apercebo-me, uma vez mais, que (quase) todas as culpas vêm sempre recair em cima de mim e que me são atribuídas culpas que não tenho, para além de não haver a frontalidade de me abordarem acerca de alguns problemas ou factos perfeitamente normais e resolveis. E não se trata do meu egocentrismo, mas sim duma simples constatação, bem como uma visão do mundo e da relações profissionais totalmente distintas de quem me rodeia.
O meu SORRISO vai principalmente para mim mesmo, para esta minha lenta transformação e a vontade de conseguir ir ainda mais além no meu pleno conhecimento. Que sejamos capazes de ser FELIZES.

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