sexta-feira, janeiro 10, 2014

Sexta

Finalmente sexta-feira, teoricamente o ultimo dia útil de trabalho, mas que nesta semana assim não é por trabalhar amanhã, sábado.
Ontem trabalhei o dia inteiro, começando pelas dez da manhã e terminando quase às oito da noite, seguindo depois para Lisboa, para a minha terapia e jantar com o meu filho mais velho.
As sessões estão a ser cada vez mais regressivas, com memórias e recordações antigas, da infância e  pré adolescência, que me marcaram, influenciaram e definiram muito do que sou hoje. Ao terminarmos, o AA disse-me que para alguém que dizia não ter memórias passadas, era fantástico o que eu estava a ir buscar às muitas gavetas do (in)consciente.
De facto e realmente, foram muitas e variadas as recordações e as impressões de que falei ontem, com especial realce na figura do meu Pai e da família pode ele criada, em particular a minha irmã mais nova e toda a problemática dai inerente. A importância desses factos e a sua interligação com o presente e toda a minha problemática é, por demais, evidente e notória, na medida em que vários dos meus medos, receios, subterfúgios e idealizações tem também a sua génese nesses acontecimentos.
Ontem também pela primeira vez, foi focado o papel do Pai e a sua contribuição nas minhas disfunções; estamos a passar do papel intenso da Mãe para outro patamar, porque, como ontem enfeei, há sempre novidades nestas sessões e ontem iniciou-se, talvez, outra etapa. Que também passou pela problemática da sexualidade e das suas vivências, receios e etapas.
Fui depois jantar ao Mezzaluna, onde não ia há muito, num jantar descontraído, despreocupado e extremamente agradável com o meu primogénito. De novo conseguimos dialogar, entendermo-nos e sobretudo estarmos juntos e unidos numa conversa fluída. Pela idade e percurso de vida, está neste momento mais fragilidade e inseguro, mas estou certo que, assim que encontrar o seu caminho e aplicar as suas enormes potencialidades em algo de que realmente goste, teremos de novo toda a sua exuberância e alegria de viver.
Em resumo, foi mais um dia calmo, pacífico e ainda com vontade de trabalhar, de dar o meu melhor e de tentar rentabilizar melhor o meu dia, algo que não acontecia há muito. A minha pacificação interna, a estabilização humoral, bem como a distensão pessoal fazem com que o ambiente se torne mais leve, mãos positivo, conseguindo ainda dissipar as possíveis tempestades que podem surgir... tudo isso faz com que me sinta melhor, mais enérgico e com um (quase) renascer das minhas capacidades e funcionalidades.
Sinceramente espero que este estado de espírito e de vontade se mantenha e que se fortaleça para que, cada vez mais em cada minuto ou dia, possa estar melhor, bem como beneficiar e apoiar os que me rodeiam. Percebo nitidamente que se conseguirmos projectar para o exterior uma imagem e postura positiva, tranquila e pacífica, é muitíssimo mais fácil criar um bom ambiente e um bom clima entre todos e nesta profissão em que temos que criar empatias e sinergias, tudo devemos fazer para que assim seja. Procurando em nós, o que temos e descobrindo formas de sermos cada vez melhores e mais assertivos.
A verdade é que, neste presente que vamos vivendo, descubro realidades diferentes, vivencio factos diversos e interpreto o que acontece noutras perspectivas e noutras facetas, que me permitem diferentes conclusões e sobretudo não centrar tudo e todos em mim mesmo. Ou seja, estar a conseguir evitar o excessivo egocentrismo e narcisismo para interpretar este presente e perceber as diferentes sensibilidades existentes...
Infelizmente, na vida prática do quotidiano há sempre algo para nos aborrecer e perturbar, como por uma questão burocrática, termos pedido uma inspecção ao gás, terem detectado uma fuga e cortarem o dito gás, o que significa que não temos água quente nestes próximos dias até ser feita a reparação da mesma. Por estas e por outras é que não se devem fazer inspecções destas porque descobrem sempre fugas e algo para reparações. Mas tudo se arranja e trata da melhor forma.... felizmente temos locais para ir tomar banho e arranjarmos-nos, bem como aquecemos a água e lavamos o que pudermos. Mais uma contrariedade para resolver.
Fica na mesma o SORRISO cheio de claridade e de vontade de prosseguir este caminho e esta etapa da minha vida, que está a ser bastante positiva e entusiasmante.


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