segunda-feira, janeiro 20, 2014

Feelings

Mais uma semana, mais outra semana deste primeiro mês deste novo ano, pelo qual já passaram vinte dias e que, rapidamente, vai também ele chegar ao fim.
Tudo é fugaz, tudo passa por nós a uma enorme velocidade, ficando apenas as memórias, recordações, factos e pessoas que nos marcam em cada segundo da nossa vida. A relatividade de tudo o que sentimos também faz parte da nossa vida e do nosso EU, na medida em que sendo mais ou menos sensível a determinados factos, sentimentos ou até maneiras de falar ou de estar, é, muitas vezes, difícil ajustar o nosso actual ser ao formato das outras pessoas.
E se essas pessoas não conseguirem alterar esse mesmo formato, configurando-se doutra forma mais recente, tudo fica bem mais complicado. Até nisso os computadores e os outros meios informáticos conseguem ser mais inteligentes que o ser humano, visto que constantemente estão a ser actualizados com novos dados e novas ferramentas.
Porque será que o ser humano não consegue fazer o mesmo e actualizar-se a cada etapa da vida ou com determinada periodicidade ? Porque será que não conseguimos aceitar o nosso próximo na sua realidade e formas de ser, integrando-o da melhor forma na nossa própria maneira de encarar o mundo ?
Há dias e dias, momentos, factos... tudo o que vamos absorvendo e captando, fazem de nós o que vamos sendo em cada momento, com a integração de tudo aquilo que vivemos e sentimos ao longo de sempre e principalmente na nossa primeira infância... igualmente importantes e fundamentais são as pessoas que nós acompanham e nos integram, principalmente aqueles que Amamos e estimamos, mesmo que esporadicamente, nos afastemos ou pareça que as divergências impedem um normal convívio e quotidiano.
Sinto-me cansado, desanimado e sem conseguir descortinar muita coisa, para além deste minuto que passa e que não tem qualquer significado ou valor... sobretudo não tem qualquer marca, significado ou mais valia para a minha vida, a minha aprendizagem e contribuição para o bem estar pessoal ou colectivo.
Por vezes, sinto que, nesta época da minha vida, perto dos sessenta anos, já pouco ou nada posso fazer para me sentir mais realizado, mais completo e eficaz na medida em já tendo feito tanta e tanta coisa, e perante a situação deste País em que estamos, poucas ou nenhumas hipóteses tenho de conseguir superar-me e fazer muito mais coisas. E sinceramente sinto-me menos bem ou mesmo mais negativo quando essa realidade me surge tão realisticamente na minha mente.
Felizmente que algumas vezes vamos encontrando (poucos) motivos para nos manter vivos, positivos e com a força necessária para prosseguíramos este caminho difícil, com muitos obstáculos que vamos superando, mas sem conseguir ver muita luz à minha volta, nem tão pouco a concretização dos nossos objectivos e desejos. Que são, neste momento, simples, concretos e apenas dizem respeito a conseguir manter o que tenho e que os meus filhos se realizem rapidamente.
Também no plano afectivo e pessoal quero mais paz, maior entendimento e pontes de contacto, mais aceitação do que somos neste momento em que nos vamos diferenciando a cada momento, bem como uma tentativa de se compreender que possível mudar e transformar-nos. A reciprocidade da compreensão e do entendimento é, para mim, fundamental para uma relação salutar funcionar sem lixos tóxicos ou entraves vários que, podendo surgir esporadicamente, não devem nem podem ser a base dessa mesma doação.
Fiquemos com o SORRISO de segunda-feira, sempre menos positivo e mais preocupado em relação à nossa vida, ao nosso dia a dia e ainda a todas as pessoas que convivem connosco.

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