domingo, janeiro 14, 2018

Domingo

Ontem esqueci-me completamente de escrever qualquer coisa no meu blogue; talvez já não sinta aquela vontade que tinha antes por estar melhor comigo mesmo e com todos os que me rodeiam.
Foi um dia mais ou menos normal em que desenvolvi várias actividades, desde compras de supermercado, cabeleireiro, nova reunião no novo espaço profissional até a habitual culinária dos fins de semana.
Agora que estou mais acompanhado é bem mais fácil passar o tempo e estar tranquilamente em casa sem grandes planos ou projectos; eles surgem expontaneamente sem grandes previsões, como aconteceu ontem com a vinda dum amigo para jantar, à ultima hora. Hoje, por exemplo, almoço com amigos algures sem local nem hora ainda decididos.
Neste aspecto estou bastante mais descontraído, menos rígido e a aceitar como o devo fazer, as circunstancias da vida e o seu normal desenrolar. Por exemplo, na sexta feira, tive ao final do dia uma boa notícia que me aliviou imenso, visto que era algo que tinha para resolver e que me foi proposto a sua resolução sem o esperar. São pequenos nadas que, cada vez mais, me convencem que mais vale deixar a vida correr e desenvolver-se sem nos preocuparmos excessivamente ou entrarmos numa onda de ansiedade.
Como dizia Buda: "Os problemas têm duas vias, se não têm solução então não vale a pena preocuparmo-nos; se a tem  então ela surgirá normalmente sem pressas"; ou seja, não devemos antecipar os problemas e ficarmos ansiosos por algo que não sabemos como irá correr. Sobretudo se muitas variáveis não estão no nosso completo domínio.
Tinha a mania de sofrer por antecipação, de imaginar antes de tempo o que iria acontecer, de "viajar" para os locais antes de fisicamente lá estar o que fazia com que depois, no momento em que queria desfrutar do que fazia ou estava, já não sentia qualquer FELICIDADE porque, me parecia, que já tinha vivido tudo isso. Felizmente que neste momento já consigo, e sem esforço, viver o momento presente, sem antecipar o futuro ou querer algo que ainda não posso ter.
Acho que estou bastante mais tranquilo neste momento, talvez por sentir que as coisas se começam a encaixar e a fazer sentido; talvez seja este ar de mudança que me faz bem e que me faça sentir vivo com um SORRISO diferente, mais forte, mais válido e positivo.
Ou seja, talvez comece a saber desfrutar da vida duma forma mais saudável, positiva e muito menos depressiva; utilizo melhor as minhas memórias, as minhas vivências duma forma bem melhor do que há uns tempos, aprendendo também a não ter muletas ou algo que não eu mesmo para me orientar na vida e fazer o meu percurso. A vida deve ser simples e concreta porque na verdade é preciso poucio para sermos felizes.
Não são os bens materiais - se bem que ajudem - nem muita outra coisa de que nos rodeamos e consumimos que nos dão a verdadeira FELICIDADE, mas sim o que temos em nós e connosco, duma forma positiva e concreta. Estando bem com a nossa identidade, conduzindo a nossa vida duma forma honesta e correcta, conseguimos, efectivamente, viver a vida como deve ser vivida porque de facto "tudo é em nós". Nós podemos e devemos controlar a nossa vida de forma a que cada momento seja um momento único e intensamente vivido.
Por tudo isto acho, sinto, que estou diferente e bastante mais amadurecido, se bem que tenha ainda muito para crescer e fazer mas contando essencialmente comigo e com quem me acompanha nesta caminhada actual. Devo lembrar-me que a vida de hoje, nada tem a ver com a vida de ontem, que a ética e os princípios morais em que vivemos se alteraram completamente, esperando sinceramente que, nesta nova etapa da minha vida profissional tudo se conjugue e que consiga encontrar alguns dos valores éticos e pessoais que prezo e que fazem parte das minhas raízes.
Ter FELICIDIDE todos os dias e todos os momentos é uma meta que quero alcançar assim como ter um SORRISO verdadeiramente sentido em todos os segundos da minha vida. E (quase) tudo depende de mim...
 

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