segunda-feira, agosto 08, 2016

Sempre em Marcha

Que dizer desta cidade senão que é para voltar e recordar! Só me lembro duma palavra para a descrever "amazing" porque na verdade em cada esquina, algo para ver, em cada lugar, uma lembrança para ficar.
Têm o costume de nos levar aos mercados de consumiveis que são bastante limpos, arejados e sobretudo com um aspecto que dá vontade de comprar tudo e mais alguma coisa. Para mim, seria um perigo !
Percebi que estou extremamente bem localizado e em pleno centro da cidade.. posso ver imensa coisa a pé e ainda bem que fiquei neste hotel. Apesar de ter ficado só, não me sinto como tal e, antes pelo contrário, estou muitíssimo bem disposto.
Doravante perdi o "medo" de viajar sozinho e se tiver que ser não terei qualquer problema; começo a equacionar a minha próxima viagem para o ano. E já tenho vários destinos possíveis.
Tenho pensado e reflectido bastante acerca da minha vida, dos meus objectivos, da minha falta de confiança que me leva a tantas inutilidades e tempos perdidos, bem como a saber que tenho de me concentrar no que é fundamental. E o mais importante é mesmo a minha pessoa, a minha felicidade é o meu (re)encontro em mim e na minha identidade.
Lamento muita coisa destes últimos meses, apesar de me ter divertido imenso e de ter conhecido muita coisa, mesmo todos os aspectos negativos foram, de alguma maneira, benéficos para a minha postura futura. Estou muito mais desperto e capaz de enfrentar a vida duma forma saudável e positiva.
Posso estar com quem queira desde que as regras estejam definidas e que se saiba o que se pretende; que não haja enganos ou ilusões, estando, neste momento, numa fase de não procura, mas aguardando o que possa surgir e aparecer. Quanto mais se procura e se forçam situações, menos se encontra e menos possibilidades de ter o que, efectiva e afectivamente se quer.
A verdade é que esta viagem me devolveu a dignidade, a confiança e a minha auto-estima mesmo que tenha de resolver algo que deixei em Lisboa, apesar de não saber muito bem como  o vou fazer. Provavelmente seguindo o conselho do meu grande amigo e estabelecer regras e sendo frontal com as situações. Assim tudo fica claro para toda a gente e também para mim, que é o mais importante.
Não sei se me vai caber tudo na mala porque só me apetece comprar tudo e mais alguma coisa, mas se vir uma mochila engraçada deixo a que trouxe aqui e levo outra. Tenho de passar a trazer um saco a mais.
Fiquei cheio de curiosidade de conhecer e visitar Moscovo, algo que não tinha visto que a Rússia me fazia um pouco de medo é de impressão, desde que vi um filme com o Yves Montand em que ele visita à Rússia, é preso sem ter feito nada e fica detido por muito tempo. É um filme que me ficou bem gravado pela crueza do mesmo e pela história, aparentemente verídica.
Mas agora a realidade é outra e nem sinto estar fora da UE, nem num  país bastante policiado e musculado como se ouve dizer; estamos à vontade, sem problemas e tirando uma certa (ou real) homofobia , sinto-me perfeitamente tranquilo e sobretudo, repetindo o que já escrevi, numa grande paz interior. Está a fazer-me maravilhas.... 
 Impossível descrever tudo o que vi e o muito que aprendi acerca deste País, da sua história e passado. Estivemos agora na fortaleza de Pedro e Paulo, onde estã enterrado a família imperial Russa, os Romanov assassinados pelos bolchevistas em 1918. Mas há tanto para contar e para reter que apenas tenho vontade de começar a ler acerca da história russa.
Um enorme SORRISO algo sonolento depois do almoço e ainda me esperando mais umas voltas para conhecer melhor a cidade. 
PS: mesmo assim acho que ainda não aprendi o suficiente para me salvaguardar 
PSS: amanhã Ballet... estar na Rússia e não ir ao Ballet é impensável


Matrioska/babouskas representa a fertilidade porque as familiares eram muito numerosas.. 

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