terça-feira, fevereiro 10, 2015

Semana

Dia cinzento com chuva, frio e uma grande descompressão do dia de ontem! Efectivamente a agitação da "doença" urgente e súbita duma das assistentes destabilizou completamente o consultório e as pessoas, que sem entenderem do assunto, se deixaram levar pelas emoções e pelos medos.
Felizmente que foi "apenas" um grande susto, duma enxaqueca chamada de comatosa, cuja existência desconhecia. Parece que há casos de enxaquecas em que a dor é tão forte, que a máquina desliga e se chega a entrar em coma, o que parece ter acontecido por breves momentos.
No pendular da vida, vamos tentando encontrar o rumo certo e o equilíbrio necessário para que nos vamos encontrando e sobretudo conseguir ser mais verdadeiros connosco próprios e para os outros. É fundamental a percepção do que é realmente importante é do que é supérfluo.
Viver para os outros, viver da imagem e do show-off é algo duma grande irrealidade e superficialidade, como estou agora a compreender e a aceitar; a adaptação à realidade, o assumir do possível sempre foi algo que me agradou imenso na minha cara metade, porque é muito mais fácil e honesto ser-se assim.
Nas minhas análises, temos voltado a pessoas importantes da minha vida é que a moldaram duma forma bastante negativa, apesar dos muitos aspectos positivos que também houve. Mas a verdade é que fui buscar imensas coisas negativas às identidades da minha Mãe e do meu Pai, especialmente neste aspecto social. 
Diziam que ele era muito especial e bom em termos profissionais mas que, como pessoa, tinha uma forma de estar que reconheço agora muito semelhante à que eu tinha/tenho e que quero mesmo alterar.
Não deixa de ser engraçado este constante voltar às reminiscências e influências do passado e das pessoas que me marcaram profundamente, porque efectivamente toda a nossa infância e vivência fica gravada no nosso inconsciente e projecta-se no comportamento e identidade. E a minha história familiar e pessoal é um extenso rol de factos, sensações, sentimentos e contradições como aliás acontece a todos nós.
Só que felizmente muitos têm a sorte de terem uma família funcional e actuante, sem subterfúgios, grandes fantasmas ou segredos o que lhes permite encarar a vida duma forma mais positiva, mais feliz e com um SORRISO interno bem posicionado.


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