domingo, fevereiro 08, 2015

Domingo

Muitas vezes queremos acreditar que as pessoas mudam ou que nunca foram desta ou daquela forma, mas a verdade é que a essência de todos nós se mantem, a menos que façamos um trabalho e uma análise orientada que nos permita mesmo uma efectiva mudança.
Ou dito de outra maneira, talvez não tenhamos a capacidade no momento para ver como a(s) pessoa(s) é realmente e quando constatamos com algo desconhecido, achamos que essa mesma pessoa se transformou ou alterou e o que pode acontecer é que essa faceta ou vertente sempre esteve presente, sem nos apercebermos disso mesmo.
Domingo tranquilo e rotineiro, com o jogo de padel de que gosto cada vez mais, uma ida ao Allegro para ver o final dos saldos e pouco mais. Estamos a tentar fazer uma alimentação vegetariana durante o fim de semana, com resultados surpreendentes e muito agradáveis.
Os domingos são dias habitualmente "estranhos" e há quem fique bastante contristado com o dia por representar o regresso ao trabalho em pouco tempo. Mas tem que ser...
Recordo domingos de muitos e muitos anos atrás em que era obrigatória a visita a casa do meu Pai/MB, normalmente com almoço e permanência durante a tarde. Isto se não se fosse para Sto. André.
Desse tempo, penso agora e sobretudo sinto a sua inutilidade em certos aspectos, nomeadamente na suposta criação de laços que à posteriori se vieram a demonstrar serem falsos e até doentios. É verdade que a vida dá muitas voltas, avanços e retrocessos mas há mesmo pessoas que são patológicas e doentes, nunca conseguindo alterar o seu comportamento ou raciocínio.
Mesmo quando supostamente estão a criar laços, a estabelecer pontes e a acreditar no que fazem, nunca conseguem efectivamente deixar de ser como são e proceder de acordo com as suas confabulações e as suas patologias.
Mas como se sabe é assim a vida e não se consegue enganar toda a gente sempre, pelo que mais cedo ou mais tarde a verdade vem à superfície e ficamos mesmo a conhecer a verdadeira identidade e registo dessa pessoa. É assim que funciona...
Por outro lado, também conheço pessoas bem próximas que não se conseguem desligar de certos registos próprios, duma "agressividade" que me perturba muitas vezes, nem tão pouco fazer a ponte entre o que se foi e o que se é, mesmo que se esteja a trabalhar muito nesses aspectos em termos analíticos e psicológicos.
Compete também a cada um fazer uma análise do que se passa e tentar perceber e compreender, bem como mudar eventualmente a interacção com essa mesma pessoa, para que tudo corra da melhor forma possível e duma forma realística.
Tenho pensado em algumas semelhanças que tenho/teria com o meu Pai que continua a ser uma figura sempre presente neste processo em que me encontro e que me "transmitiu" uma série de conceitos que eu reproduzi até há pouco tempo. Até me aperceber mesmo da vacuidade e nenhuma importância de certos comportamentos ou atitudes. As influências que recebemos da nossa envolvência, desde que nascemos, é efectivamente marcante na nossa identidade, mesmo que o nosso inconsciente talvez não seja exactamente aquilo que foi descrito pelo seu "descobridor".. provavelmente as novas teorias e hipóteses assentes em evidencias cientificas e em meios auxiliares de diagnostico nos estejam agora a dar a real dimensão do nosso cérebro e do nosso inconsciente. E ainda muita coisa falta para se saber....
Curiosamente estive há pouco na FNAC e nada encontrei acerca de física quântica que é um campo que me começa a interessar bastante e que também quero explorar por ter percebido que tudo está relacionado com tudo e que apenas o conhecimento global de diversos assuntos ou temas nos poderá dar uma imagem do todo. Se é que alguma vez saberemos esse mesmo todo....
Para divagações já chega, pelo que para além dum especial abraço para todos os que Amo e estimo, também um SORRISO especial para o Universo e em particular para os que sofrem e precisam de apoio e de ajuda.


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