sexta-feira, fevereiro 27, 2015

Mais outro Mês

Mais um mês se passou e continuamos na mesma vida de sempre. À sexta feira começo cedo e hoje tenho a agenda mesmo cheia aqui por Lisboa. No consultório tem dias, como ontem em que houve uma sucessão de faltas e desmarcações que me estragaram o dia duma forma completa.
Não é propriamente o facto das faltas, mas a displicência com que isso é encarado, sem se tentar fazer qualquer esforço para alterar esse facto ou essas ocorrências. Se não há qualquer esforço de gestão ou de se discutir linhas de orientação e de acção como é que se pode mudar seja o que for.
A gestão diária de qualquer coisa implica um conhecimento aprofundado da matéria, uma atenção generalizada ou então um apoio firme ou uma delegação de competências, o que não é feito. Quer-se concentrar tudo na esfera pessoal mas sem a capacidade para o fazer, visto que não se tem a noção do que deve ser feito ou realizado.
Evidentemente que quando, ainda por cima, se está completamente alheado da realidade e se vive num mundo diferente, utópico e com com pouco contacto com as outras pessoas se torna quase impossível a gestão seja do que for. Quando existe uma dificuldade evidente para o relacionamento com outras formas de agir, quando se vive na repetição dos mesmos gestos e actos é extremamente difícil sair dessa zona e tentar ver para além disso. 
Felizmente que esses factos me incomodam cada vez menos e essa realidade me passa um pouco ao lado, na certeza de que  apenas quero e preciso de tranquilidade, paz e muito silêncio à minha volta.
Ontem deixei-me levar por emoções e sensações que não posso permitir que me conduzam; tenho que aceitar as coisas como elas são e não projectar as minhas compulsões nos outros, mas a verdade é que me sinto, muitas vezes, bastante isolado no meu local de trabalho e deixo que isso me afecte duma maneira que não quero mesmo.
Há duas coisas que tenho que fazer mesmo; uma é seguir as minhas intuições que, normalmente, estão certas e a outra é desligar-me bastante mais das omissões, erros ou falhas que vão havendo no dia a dia. E sobretudo não me sentir tanto com a aparente falta de interesse ou de atenção aos factos e ocorrências. É muito difícil mas vou conseguir...
Hoje tive mais um jogo de Padel, mas parece-me que ando a exagerar um pouco visto que o rendimento foi pouco e não gostei do jogo. Vou limitar-me agora a aperfeiçoar a técnica nas aulas e a tentar jogar apenas duas vezes por semana, que é o suficiente. É mais um dos meus exageros que ainda não consegui controlar ou dar a devida volta. Dosear e controlar os eventuais excessos também é algo que se aprende!
Nesta corrida do tempo, na qual o relógio não pará nem retrocede, temos apenas que saber gerir o nosso tempo, a nossa identidade e seguir em frente da melhor forma que soubermos e pudermos, na certeza de que em muitos casos apenas e tão só podemos contar connosco. Em última análise somos apenas nós perante a realidade e as outras pessoas, mesmo quando estamos rodeados de muitas outras pessoas.
É  a este "isolamento"  que me devo habituar e que devo aprender a lidar, porque é algo que este meu "novo" silêncio me leva a fazer, sem medos, sem receios ou fantasmas. Ou seja, felizmente que estamos bem acompanhados e rodeados mas no fim é connosco mesmo que temos de viver e de compreender.
Por isso mesmo, temos de manter o nosso SORRISO aberto, harmonioso e símbolo da Felicidade que queremos ter e que procuramos para nós mesmos e para todos os que amamos e estimamos. E até para aqueles que ignoramos e que, de qualquer maneira, fazem parte do nosso dia, esperamos que se faça luz e consigam também encontrar o seu caminho e felicidade.

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