sexta-feira, outubro 17, 2014

Siddharta

Siddhartha " descobriu" que tinha um filho... completamente diferente nas atitudes, nos gostos e na sua forma de estar. Como Pai, e como acontece a todos nós que também o somos, a dificuldade em entender e aceitar esse mesmo filho como entidade autônoma e como "empréstimo" que é, torna-se difícil saber a melhor forma de agir e de interagir.
O melhor que poderemos fazer é, certamente, aceitar a sua autonomia e vontade, ficando na retaguarda para que possamos agir se a isso formos solicitados. Há o chamado " síndrome do ninho vazio" aplicado mais às Mães que se confrontam com a indepencia dos filhos, normalmente aliado à menopausa e que de repente se encontram sem nada onde se ocupar e sem os filhos para tratar. Se nada tiverem feito para preencher esse mesmo ninho que previsivelmente ficaria vazio, então surgirão as depressões, os mal entendidos no casamento, os problemas vários, etc.
Mas certamente que também os Pais terão outro tipo de problemas relacionados com esse tema e ainda mais se não tiverem tido uma figura masculina marcante ou um figurino por onde se possam guiar. O que é mesmo verdade é que tudo depende das pessoas, da sua identidade e forma de estar na vida porque cada caso é um caso e é impossível generalizar...
As paixões, os amores e os desencontros são uma constante da vida é uma realidade das pessoas que têm de se sentir amadas e estimadas; para isso têm que acreditar nelas, ter a certeza do que são e terem uma auto estima enorme e real.
Pelo que todas as técnicas ou auxiliadores são bem vindos para se alcançar esses objectivos de conhecimento interior e nestes tempos que correm existe uma coisa chamada " Mindfulness" , já aplicada em empresas e em cursos individuais ou de grupo que nos permite precisamente alcançar essa mesma atenção plena, ter consciência do nosso corpo, das suas reacções, dos nossos pensamentos e do controle dos mesmos. 
Conhecedores do corpo, das suas respostas, bem como do pensamento e valorização do presente que temos é bem mais fácil adaptarmo-nos às circunstâncias e aos factos da vida, com melhores resultados, maior resistência ao stress é mais capacidade de estarmos bem connosco próprios.
Será talvez um bom complemente à análise que estou a fazer, apesar de achar que é, talvez, demasiado básico e aquém das minhas expectativas mas que de qualquer maneira não é perda de tempo e antes pelo contrário, aprende-se também com a experiência dos outros e talvez venha a aprender a meditar melhor, mais profundamente e ainda a conseguir focar-me apenas no presente que vivo e que temos.
Acabando como comecei, Siddhartha recuperou o seu equilíbrio apenas a "escutar" o rio e a sua água a passar na certeza de que o rio não passa duas vezes pelo mesmo local, mas que mantém a memória do passado e a expectativa do futuro, com a certeza de que apenas o presente conta e interessa para todos nós, bem como na atenuação ou ultrapassagem do próprio sofrimento. No fundo viver o presente da melhor forma possível, sem dor ou sofrimento é o que todos queremos e o que realmente interessa é encontrar o modo de o conseguirmos. 
Seja naturalmente por nós próprios, seja por análise, por uma multiplicidade de técnicas, pessoas ou o que seja o que é mesmo importante é termos a consciência do que somos, que podemos ser Felizes e ter sempre o nosso SORRISO interno bem intenso para que possa extravasar para o exterior e comunicar-se aos outros. 
Aprendamos a viver este presente com o SORRISO que merecemos, deixando de vez as lamentações, as pessoas mesquinhas e ignorantes bem como todos os factos que são minudencias perante o que saliente é importante: a FELICIDADE, o AMOR é a capacidade de ter sempre um SORRISO.

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