Intuições

Tenho pena de não ter uns milhares de euros sempre que a minha intuição funciona e me "diz" algo que se vem a concretizar ou a realizar. Infelizmente nem isso acontece, nem consigo adivinhar os números do Euromilhões.

A verdade é que esta percepção ( dita ou chamada PES, percepção extra sensorial ) tem sido uma constante da vida bem como os acasos dessa mesma vida baterem muitas vezes certos e correctamente.

Não sei explicar, nem tão pouco entender as causas ou razões para que assim seja, mas está certamente muito ligado às minhas grandes conexões externas que talvez permitam antecipar os factos e as realidades. A verdade é que são tantas as vezes em que isso me acontece que alguma coisa tem que existir.

Mas também sei que, apesar de ter essa intuição, não me posso deixar guiar apenas por elas, mas sim é cada vez mais pelo meu pensamento é autonomia. A autonomia de cada Ser existir como tal e a liberdade de pensarmos e agirmos em função desse mesmo pensamento, com confiança no que somos e no que fazemos.

O pensamento comanda a acção... não o oposto em que a acção se sobrepõe ao pensamento com eventuais resultados negativos e prejudiciais, visto que se tem que ter a consciência do que somos, dos caminhos que tomamos bem como das nossas responsabilidades e consequências das nossas atitudes.

A maturidade para que cada Ser Humano compreenda as suas acções e as suas consequências tem que existir e formar-se ao longo da infância, da adolescência e ainda do início da vida adulta, tendo para isso que saber resistir às frustrações da vida, aos seus recalcamentos e traumas, aceitando uma realidade que todos temos.

Essa resiliência é, ou deveria ser, dada pela vida e pelo que nos rodeia, bem como pelo crescimento interno do nosso Ego e identidade, mas, infelizmente é muitas vezes, a realidade é outra e não permite esse mesmo amadurecimento de cada pessoa. Não é possível fazer como se faz ao vinho... pôr na pipa e esperar que ele amadureça ate estar bom para se consumir, como se se hibernasse.

Às vezes deveria ser excelente podermos fechar-nos num casulo, como o descrito no "1Q94" de Murakami e termos um sósia que, diferente de nós e sem emoções, consiga atravessar este quotidiano doutra forma menos sentida e menos sofredora.

Tenho a consciência de que este crescimento individual e até colectivo se pode fazer, ora lentamente, ora muito rapidamente como me tem acontecido e também à Humanidade com saltos brutais no conhecimento e na forma de se estar e viver. Neste momento vivemos duma forma extremamente rápida e muitas vezes sem tempo para se assimilar o que é realmente importante é assim as pessoas alcançam a sua maturidade bem mais tarde do que noutras eras, em que o confronto com a vida real era bem mais dura.

Mas nesta vida que temos, o essencial é mesmo crescer, amadurecer e termos sempre o nosso SORRISO bem presente, com muita força e positivismo.