segunda-feira, maio 19, 2014

Nova Semana

Continua-se neste eterno rodopiar dos dias e das semanas, com este constante e permanente movimento no tempo e no espaço. A um dia sucedem-se muitos outros, cada um diferente do outro, mas igual na sua essência e no seu movimento, variando a nossa postura, a nossa disponibilidade e humor para aproveitar aquilo que temos pela frente.
Cada dia pode marcar a diferença, ser completamente neutro ou assim-assim, consoante aquilo que nós formos capazes porque a verdade é que à medida que nos vamos identificando melhor connosco próprios, conseguimos também aproveitar melhor tudo aquilo que o exterior nos envia e nos pode dar.
Ontem numa das minhas leituras, passei por uma definição de Amor, que o "desdobra" em dois, o amor companheiro e o amor apaixonado. Este é aquele amor intensamente sexual, tórrido e quase de momento, podendo evoluir para o amor companheiro, que é aquele em que estabelecemos com o/a nosso/a parceiro/a uma intimidade muito grande e uma convivência tranquila e calma.
Ou seja, tenho tido muitos amores apaixonados e a sorte de dois deles terem evoluído para o amor companheiro, um dos quais a relação que hoje tenho. O grau de intimidade conseguido, a paixão que permanece, o amor consolidado, os silêncios cheios de sons, a constante ligação ente os dois é algo de muito bonito e de verdadeiro. 
Já atravessamos muitos momentos juntos, uns muito maus, que conseguimos superar e perdoar e outros muito e muito bons, cheios de felicidade, alegria e duma grande intensidade. A relação a dois é precisamente esse entendimento e esse conhecimento e intimidade que se cria e que se mantém ao longo dos anos e dos tempos... 
Evidentemente que essa definição de Amor que mencionei tem o seu desenvolvimento e outras premissas que completam a sua interpretação, mas o sentimento de  Amor, para mim, é, pode e deve ser a mistura de tudo isso, paixão, descoberta física, intensidade, serenidade e principalmente uma enorme cumplicidade entre dois seres.
O pulsar duma relação, qualquer que ela seja ou o tipo que for, tem a sua própria dinâmica, diferente em todos nós, visto que nem todos temos a sorte e a felicidade de encontrar a sua cara-metade ou aquele/a com quem temos a infinidade necessária para passarmos uma vida juntos. 
Posso dizer que, neste momento, tenho uma relação onde quero estar, onde sou feliz e espero também dar felicidade, estando a aprender em cada momento a respeitar o espaço individual de cada um, bem como a entranhar as diferenças existentes na forma de estar e de ser. Bem como a canalizar as energias, as frustrações, recalcamentos e afins para mim próprio, numa análise constante e profunda.
É evidente que nem sempre se consegue avaliar como deve ser o momento e assim caímos em retrocessos e em factos menos felizes, mas ao termos a consciência disso mesmo é mais fácil corrigir e inverter a trajectória.
Também com as outras pessoas pode haver momentos ou factos menos felizes e que me fazem alguma perturbação, como se uma nuvem se interpusesse no meio dessa mesma relação. São pequenos nadas que são ditos ou falados que, indo ao recôndito do nosso inconsciente devem certamente levantar alguma poeira ou magoa que nos perturba e magoa.
Acontece-me por vezes com os meus irmãos, com algumas atitudes ou factos ditos ou feitos duma determinada maneira que não estando ainda devidamente trabalhados ou percebidos, me provocam um efeito antagónico e dum certo mal estar. Cumulativamente a isso, há ainda a hiperreactividade em que estou em relação ao objecto materno, que ainda está bastante aceso e sensível.
A tarde de sábado ainda permanece no espírito e na alma, com a certeza de estive apaixonado pela luz, pela forma e pelo espaço desta nossa cidade que ainda me consegue surpreender. Melhor dizendo, que me prende cada vez mais à medida em quem vou conhecendo e desvendando os seus segredos. Temos a sorte de viver neste local que, apesar da desgraça geral, nos proporciona horas felizes e descontraídas. O sol, a água, a terra e o fogo são os nossos elementos naturais que encontramos nestes passeios e que efectivamente nos aquecem a alma.
Um grande SORRISO, especialmente dedicado às minhas relações afectivas, na certeza de que elas contribuíram para ser o que sou e para me dar a felicidade que consigo ter. Temos tudo para sermos felizes e fazermos os outros felizes !

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