quarta-feira, julho 08, 2009

Subsidiodependência...

Estamos em plena cultura da subsidio dependência, na medida em que as pessoas preferem estar a receber subsídios, em vez de estarem a trabalhar e a produzir riqueza e mais valia. É a história duma amiga que pretende uma administrativa e muitas delas referem que estando com subsídios, não lhes compensa ir trabalhar por pouco mais. É o cúmulo e é o ridículo completo, na medida em que primeiro se esquecem que os subsídios acabam e mais grave, que o dinheiro não chega para tudo e para tapar este remendo, vai faltar noutra, se calhar bem mais grave e importante. Mas é também a cultura do imediatismos, do facilitismo e de deixa andar em que estamos a viver e que cada vez é pior e mais grave. Não sei por onde vamos, mas certamente que este não é o caminho certo para recuperarmos e andarmos em frente e na progressão dos restantes países europeus. As pessoas não têm consciência da gravidade desta situação e preferem a política da avestruz a enfrentar-se de frente este problemas. Talvez o ex ministro Pinho tenha razão quando fez o tal sinal dos "cornos" porque só de caras é que se conseguirá fazer frente a esta terrível situação. Mas sem uma mudança de mentalidades, hábitos e costumes, duvido que se consiga ir mais além desta mediocridade em que vivemos e sem uma consciência de todos também não me parece que se consiga inverter este plano inclinado em que estamos.
Hoje no Sams, tive outra situação com a qual não posso pactuar porque é a tal via do facilitismo e do laxismo. Um doente fez um trabalho noutro local, trabalho esse que deveria durar pelo menos 10 anos e durou 8 MESES. E o colega em vez de assumir o erro e tentar corrigir, manda-o para o SAms para a resolução desse mesmo erro, com os custos a serem assumidos pelo doente e pelo sams. Falei com o meu chefe que, pela primeira vez me deu razão e reencaminhámos o doente para a origem e aí para resolverem o problema. Devia ter sido o colega a resolver o assunto, mas primeiro é o facilitismo, o laxismo e a incompetência e só depois se confrontados com a situação é que se resolve como deve ser as situações.
Por estas e por muito mais é que nunca passaremos deste nível tão baixo, medíocre e tristonho em que estamos, porque ninguém assume responsabilidades ou vontade de ir mais além. É o eterno fugir da responsabilidade e se se puder culpar outrem , melhor porque nós nunca fazemos nada de errado.
Também continuo com uma situação caricata na Segurança Social. Apesar de ter tudo regularizado e os pagamentos em dia, como se pode comprovar por uma certidão emitida por eles, continuam a afirmar que eu não faço descontos, como aconteceu ontem a uma funcionária que lá foi tratar dum assunto qualquer. Ou seja, como eu parecem estar mais 30000 contribuentes como eu ( e segundo os próprios serviços disseram à pessoa que lá foi ) - 30000 foi o número - que devido a um erro informático ou administrativo estão com estes problemas, sem terem qualquer culpa. Mais um laxismo da administração pública a bater certo com o resto do País. E é assim que nos movimentamos e andamos neste País à beira mar plantado, com os burocratas incompetentes a mandarem na nossa vida e a tramar o nosso desenvolvimento e a nossa progressão. Felizmente que tenho cem por cento de confiança na minha contabilista, senão o que haveria de pensar quando me dizem que não tenho as contribuições em ordem e ao mesmo tempo tenho uma certidão emitida pelos serviços a comprovar o meu bom desempenho e os advogados a dizerem o mesmo. Ridículo e lamentável...
São estórias deste pequeno País, cada vez mais pequeno e miserável, com falta de visão estratégica e de rumo, com necessidade de mensagens claras e motivadoras do nosso Ego e vaidade nacional ditadas por líderes ou dirigentes fortes e dinâmicos e não governantes fracos e enredados em suspeições de corrupção ou de se estarem a servir do posto em proveito próprio. Sem uma justiça digna, um estado impecável, um ensino capaz e motivador e enfim um funcionamento como deve ser da máquina do estado, aliado a um bom funcionamento do mercado e do privado, nunca conseguiremos alcançar outros patamares a não ser este andar térreo em que nos encontramos, sem qualquer outras hipóteses. Se quisermos ser melhores e mais competitivos, teremos que trabalhar mais, exigir menos e talvez, provisoriamente, ganhar menos e estes princípios aplicar-se-iam a todos para conseguirmos nos próximos anos progredir e nivelarmo-nos pelos países mais avançados. E bastaria estarmos como Espanha, que a seguir à crise, vai surgir mais preparada e mais capaz de seguir o seu caminho de prosperidade dos últimos anos. Assim seja
E vou dar o meu contributo e trabalhar o melhor que possa e que sei, na tentativa de poder ir de férias o melhor possível e aproveitar essas duas semanas de descanso e de relaxamento.
Para isso, um grande SORRISO de PAZ e de HARMONIA, na certeza do meu crescimento e amadurecimento diário e constante.

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