sexta-feira, junho 24, 2016

Sexta

Felizmente que hoje já é sexta-feira.... começa o fim de semana e talvez, um grande talvez, se inicie um novo ciclo na minha vida. Sem expectativas nem falsas esperanças mas apenas com a consciência de que pode ser possível.
Porque se tem falado muito, porque se tem vindo a travar conhecimento, porque se tem vários pontos em comum e ainda porque me parece que há um empenhamento de ambos neste mesmo propósito. Logo se verá amanhã como tudo corre  e se existe algo que é fundamental, a empatia e a química entre as pessoas.
Quanto ao resto, a minha obra corre muitíssimo bem e talvez, outro grande talvez, consiga voltar para casa na próxima semana, mesmo com muita coisa para arrumar e acabar. Mas, pelo menos, estarei em casa e no meu espaço que me tem feito imensa falta.  
Tenho cada vez mais a consciência de que continuo a ser utilizado por outros e a deixar-me levar por isto ou aquilo, visto que sou, na minha essência, alguém que parece precisar disso e de "comprar" a aceitação e a amizade de certas pessoas. E normalmente das pessoas erradas e que se "servem" da minha pessoa duma forma da qual tenho plena consciência, mas que não sou capaz de deixar ou de fazer frente.
Vou pensando que tenho mesmo de mudar de ramal e de caminho, fazer frente a todas estas contingências e faits divers... principalmente tenho de impor o meu ritmo e a minha vontade e não me contentar com migalhas se também sei que tenho direito a um prato principal.
Ou seja, tenho de lutar e de conseguir ter o meu papel e a minha centralidade, sem me esconder atrás de ilusões ou de quimeras.... sem subterfúgios e com a consciência clara de que tudo tem os seus custos e que não posso salvar o mundo ou o que quer que seja. Que devo a mim mesmo e aos meus verdadeiros amigos e família seguir um caminho ela, verdadeiro e acertado e não esta pseudo realidade que a nada conduz e me impede de acertar numa vida normal, preenchida e com o muito que eu quero.
Hoje quero descansar, estar tranquilamente a ler e a pensar na vida, para amanhã estar bem e em condições de, eventualmente, iniciar alguma coisa de novo e de válido. Assim o espero mesmo e tenho receio de estar a confabular com situações ou pessoas que, depois, a nada levam ou conduzem.
Quando será que finalmente vou crescer, amadurecer e conseguir viver de acordo com aquilo que sinto e que acho justo e verdadeiro... tenho de aprender a dizer não, a reflectir em toda a minha vida actual e sobretudo a entrar noutro ciclo de vida, de estar nessa mesma vida e de aprender a fazer em cada momento o que for mais certo e melhor para mim. Talvez tenha de pensar mais em mim e muitíssimo menos nos outros e nos que não interessam mesmo.
Estou cansado e farto dos meus sobressaltos, dos meus fantasmas e medos, bem como de, muitas vezes, fazer exactamente o contrário do que deveria fazer.... e de me sentir, depois, culpado, por isso mesmo. Será que mais alguma vez na vida vou encontrar Paz, tranquilidade, felicidade e o prazer de partilhar a minha vida com alguém válido, interessante e que me preencha da forma que agora sou e estou. 
Mas, em simultâneo, que também consiga crescer comigo mesmo, consiga amadurecer e ficar uma pessoa consciente daquilo que sou, das minhas potencialidades, das minhas qualidades e da forma que sou. E sei, sinto que sou muita coisa positiva e boa, porque, na minha essência básica eu sei que sou uma boa pessoa e bastante válida.
Para hoje, para amanhã um enorme e luminoso SORRISO com muita esperança e FÉ de que, talvez, possa haver alguma mudança efectiva e afectiva na minha vida. Assim o espero porque acredito que há alturas na vida em que as todas as mudanças são possíveis, começando por nós próprios que é o mais difícil de conseguir. 

1 comentário:

Zorbita disse...

Não é fraqueza deixarmo-nos usar, é sinal de pureza da alma, é sinal que acreditamos nas pessoas, na bondade. Infelizmente, vivemos num mundo onde essa grande característica é tida como sinal de inferioridade e as pessoas acham que se podem aproveitar. Mas para tudo na vida é essencial darmos atenção aos pormenores, pois é neles que tudo se revela.
Força na sua "(re)construção".