quarta-feira, junho 22, 2016

Consciência

Mais um dia de trabalho.... Um dia quente, luminoso e bastante apetecível. Estou bastante tranquilo e calmo porque descansei, dormi e ainda porque me sinto de novo num caminho certo, verdadeiro e real.
Ou seja, depois duma etapa complicada, quase irreal e sem grande substrato, estou de novo a voltar ao que tem e deve ser, nomeadamente pensar, reflectir na vida, no futuro e no muito que ainda posso fazer. Desde que tenha calma, me concentre no que é importante e consiga estar de novo bem comigo mesmo e com a vida.
Não quero mais este sobressalto constante, esta instabilidade permanente visto que não me conduz a nada e antes pelo contrário me deixa alguns amargos de boca e uma enorme insatisfação. É bastante mais fácil fugir de mim mesmo do que encarar a realidade e ser aquilo que quero mesmo ser.
A minha procura continua mas, agora, duma forma bastante mais madura, tranquila e pacífica sem a insistência, a pressão ou a força de ter de ser mas sim como um processo normal de conhecimento, de progressão e de tentar construir algo de sólido e de duradouro.
Mas o mais importante mesmo é conseguir estar de bem comigo, com a minha identidade e com o meu EU... e sinto que, nestes últimos tempos, tenho andado bastante perdido, também porque perdi a âncora da minha casa e do meu espaço habitual. Nunca pensei que a perda desse espaço fosse tão importante e fundamental para o meu equilíbrio e homeostasia interna. 
Tenho de analisar bem este aspecto de quase orfandade que senti ao perder o meu espaço, porque acho que tem muito a ver com o que sou e sinto neste momento.... na verdade, sou alguém de hábitos, rotinas e que me adapto relativamente mal a grandes mudanças e a alterações bruscas. Mas neste caso justifica-se esta alteração e este desenraizamento súbito. Vou ter uma "casa nova"... e está a ficar bastante gira e muito engraçada mesmo.
Vou percebendo as razões porque algumas pessoas têm alguma dificuldade em ter uma relação estável e duradoura, sobretudo se estão habituadas a estar sozinhas e a viverem duma determinada forma. Os hábitos são difíceis de mudar e a adaptação a outras pessoas e a outras formas de estar não são fáceis, tendo de haver uma grande vontade, um grande empenho e ainda um grande sentimento. Sem nada disso, é quase impossível construir seja o que for. Ainda para mais, quando se interioriza que vamos ficar sozinhos e que nada mais há a fazer.
Mas o que interessa mesmo é voltar a ter o meu SORRISO cheio de cor, de luz e de movimento na certeza de que sou capaz de seguir em frente e tenho tudo para encontrar a minha FELICIDADE. E vou conseguir sempre com este SORRISO que me acompanha há muito e muito tempo.

Sem comentários: