Sábado

(...)No mais profundo do seu ser, compreendeu por fim. O que une o coração das pessoas não é apenas a harmonia. Os corações humanos unem-se através dos desgostos sofridos. Ferida com ferida. Dor com dor. Fragilidade com fragilidade. Não existe silêncio sem um grito de dor, não existe perdão sem derramamento de sangue, não existe aceitação sem a inevitável  passagem pelo sentimento de perda. É aqui que se encontram as raízes da verdadeira harmonia. In "A peregrinação do rapaz sem cor" de Haruki Murakami 

Lido mais um livro deste fantástico escritor que, dentro do seu mundo, nos faz pensar e meditar na vida. De qualquer forma, achei este último livro menos conseguido e mais solto é fácil do que todos os outros.

Há sempre uma lição de vida a extrair dos livros de Murakami, visto que são sempre estórias meia estranhas, ligações complicadas e normalmente personagens complexas e muito ricas internamente, mas também muito de acordo com a natureza japonesa.

Penso que muitas das personagens descritas são tipicamente japonesas porque a sociedade e as pessoas devem ser mesmo assim e bastante individualistas, marcadas pela concorrência, pelo individualismo e obsessão pelo sucesso.

São formas de estar e de ser, individuais e colectivas, muito diferentes da identidade dita ocidental em que os sentimentos, a afirmação e as emoções são mais evidenciadas e sentidas. Por acaso até conheço japoneses, duma forma não muito profunda e nunca estive no Japão, mas associo essa sociedade e as pessoas a algo de muito frio, externamente pouco emotivas e pouco dadas a manifestações de afecto.

Certamente que, dada a minha falta de contacto, poderei estar errado, mas é a ideia que tenho e que tudo aquilo que tenho lido ou contactado reforça este meu entendimento e sentir.

Já estamos em plena "velocidade" neste novo Ano que, pretendo diferente e ainda quero que seja um reforçar da descoberta da minha identidade e a continuação deste meu caminho. Preciso e quero saber quem sou e exactamente saber o caminho que quero seguir para ser Feliz e fazer a felicidades quem me rodeia. 

Não concordo plenamente com a definição de harmonia descrita no início, mas é verdade que as pessoa saem mais unidas do sofrimento, da dor e dos desgostos comuns, mas também acredito que Amor, a solidariedade e o afecto também aproximam, e muito, as pessoas e a sua interligação. 

A vivência comum, as dores sentidas e sofridas em conjunto reforçam a união e as ligações entre as pessoas, bem como as recordações que se tem da família, das pessoas e do colectivo. Mas principalmente as pessoas unem-se pela afinidade, maneira de ser e de estar e acredito que há sempre pessoas que se tem forçosamente de se encontrar e se fazerem parte da nossa vida.

Primeiro fim de semana deste ano de 2015... estamos a terminar estas (pequenas) férias que souberam muito bem mas que, em periodo idêntico deste ano, terão que ser mesmo diferentes para que sinta, efectivamente, estar de férias e completamente relaxado. É só o consigo se estiver afastado dos locais habituais comeu quotidiano. Penso passar o ano num localizais quente e agradável, dependendo das finanças e da vontade.

O meu SORRISO vai, como de costume, para todos os que Amo de coração, estimo de verdade é que façam parte do meu quotidiano, ignorando por completo todos aqueles que não me dizem nada ou que nem merecem qualquer atenção da minha parte. Sinto que consigo cada Vez mais, reforçar os laços positivos e "esquecer" os negativos para que assim possa ser mais autêntico e ter um SORRISO mais sentido e feliz.