segunda-feira, setembro 29, 2014

Solidões

Podemos estar, muitas vezes,  acompanhados e sentimo-nos à mesma sozinhos, bem como podemos estar na mais completa solidão e termos o Universo connosco. É tudo uma questão de perspectiva, de emoções e momentos.
Como tenho aprendido, é a nossa interioridade e conhecimento pessoal que nos permitem estes estados de alma, estas escolhas de caminho e de trilhos. Cada qual tem o seu próprio percurso e entendimento e, muitas vezes, não conseguimos estar em sintonia com os outros ou connosco próprios pelo que, neste momento, um dos meus objectivos é conseguir, através do pensamento, estar de bem comigo, perceber e compreender a minha temática e ainda conseguir relacionar-me duma forma distinta e menos impressiva com os objectos externos. Objectos esses que ainda conseguem ter um grande impacto na minha estrutura interna, na minha idiossincracia e sobretudo no meu comportamento.
A verdade é que nas minhas caminhadas tenho aproveitado para pensar, reflectir e meditar na vida, bem como na trajectória que quero imprimir à minha vida e aos meus objectivos. Recentrar-me, perceber-me cada vez melhor, conseguir meditar e reflectir acerca do que sou, para onde vou e como poderei contribuir para uma mudança efectiva.
A realidade dos factos e da vida diverge de pessoa para pessoa e mesmo a intimidade criada entre duas pessoas nem sempre é linear, simples ou realizadora de bem estar. Às vezes, pequenos nadas ou contratempos fazem com que nos dispersemos, não nos entendamos ou que não consigamos ter a cabeça devidamente arrumado ou alinhada.
Neste presente, começo a ver com nitidez o que não quero, não gosto ou não me faz falta visto que perçebo melhor o que preciso, quero e desejo... nada de complicado ou de transcendente, mas apenas estar melhor comigo mesmo e conhecer-me convenientemente, com a limpeza de mais e mais gavetas internas, sobretudo aquelas que estão bem escondidas e subterradas em toneladas de resíduos e lixo tóxico.
A solidão actual das pessoas é enorme, visto que o egoísmo e o desinteresse que nos envolve é uma constante desta sociedade em que vivemos; perderam-se valores, ética, princípios de coabitação e até a educação de (quase) todos é bastante diferente da existente há uns tempos. Parece que vivemos no tempo de "salve-se quem puder" é apenas nós é que existimos e contamos.
A solidariedade, a interajuda e o cuidado com os outros parecem ausentes da nossa sociedade e serem valores desactualizados e antiquados; por vezes até me dá a impressão de que quem os pratica fica prejudicado ou lesado. Espero conseguir manter estes valores e princípios, simultâneamente com a consciência de que cada vez mais a Verdade deve, e tem, que fazer parte da vida.
Vou começar a diversificar alguns aspectos da minha vida, para me conhecer melhor, adquirir outros conhecimentos e sobretudo poder talvez dedicar-me a outras componentes da medicina, não necessariamente a ocidental, mas sim aprendendo alguns conceitos da medicina oriental.
Vejamos as respostas que a vida tem para nos dar ou as que conseguimos encontrar em nós mesmos com aquele SORRISO que devemos ter sempre, espelhando e projectando-o nos que nos rodeiam e em todos aqueles que fazem parte do nosso dia a dia e ainda dos que ausentes, fazem também parte integrante do nosso patrimônio pessoal, afectivo e de vivência.

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