sábado, setembro 06, 2014

Com Sono

Cumprindo a minha tradição, eis que acordo cedíssimo ao sábado, mesmo tendo-me deitado tarde para a minha hora habitual. Eram já quase três da manhã quando adormeci...
Tivemos a jantar um amigo bem recente que está a atravessar um momento bem difícil e que se prolongou pela noite fora... conversa séria com humor à mistura e sobretudo a tentativa de tentar mesmo perceber a essência das pessoas e as causas/motivos dessas mesmas pessoas.
Vou agora iniciar o meu outdoor, passeando por belém junto ao Rio para depois ir tomar um café com outro amigo recente e conseguir ver/perceber o reverso da medalha.
Penso que os sentimentos humanos não se explicam, mas sentem-se e uma vez perdidos, dificilmente se poderão recuperar. Muitas vezes sou assaltado pelas minhas incertezas e dúvidas acerca dos relacionamentos e sentimentos, interrogando-me do que faria se, de repente, fosse abandonado pela pessoa com quem vivo.
E fico bem assustado, visto que, para além de serem muitos e bons anos de relação com os seus altos e baixos, a verdade é que, neste momento para mim é uma relação pacifica e tranquila com muito e muito em comum. Mas na vida nada está garantido pelo que muitas vezes penso nisso e fico assustado por essa eventualidade remota.
Felizmente que, actualmente, já consigo "sobreviver" bastante melhor a esses pensamentos porque me refugio no presente, tento estar o mais possível neste mesmo presente, sem me preocupar em demasia com o futuro. Não vale a pena antecipar cenários ou sofrimentos que não sabemos se ocorrerão ou acontecerão.
Desde que tenhamos como objectivo e linha de rumo de vida, a Verdade, a Lealdade e o respeito pela identidade de cada um de nós, sinto que é bem possível uma vivencia a dois e um relacionamento estável e calmo. Tanto mais que, no nosso caso, terei sido eu o maior factor de instabilidade e de conflitualidade, o que agora constato e tento emendar.
Uma relação é sempre algo a dois e construída por dois seres, de sexos ou géneros diferentes ou iguais, mas certamente de personalidades e identidades distintas que têm ambas de ser preservadas, respeitadas e compreendidas. Além de que o espaço individual de cada um é, quase, um território a ser considerado sagrado.
Estas conclusões e sobretudo o entranhar  destas coisas tão simples, têm por trás um caminho de quase um ano de análise que lentamente vai fazendo a diferença entre o que era, o que sou e provavelmente ainda do que serei.
Uma das grandes diferenças positivas que sinto é, neste momento, conseguir pensar e reflectir antes de agir e de não ter qualquer vontade de fazer ou meter-me em esquemas ou realidades negativas e altamente prejudiciais para mim e para ambos os que fazem parte duma relação.
"Apenas" isso é uma conquista extraordinária e fantástica que faz toda a diferença e que permite uma tranquilidade e um SORRISO totalmente diferente do existente no passado, visto que é um SORRISO mais verdadeiro, mais real e sobretudo sem subterfúgios ou mentiras.

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