terça-feira, setembro 02, 2014

Reinício

Cá estamos de volta ao trabalho, bem como às nossas sessões de análise que também começaram hoje. Acho que tinha saudades, apesar da pouca vontade em as. Iniciar.
Quanto ao consultório, nada de novo por aqui, para além das mesmas atitudes e silêncios mas vou deixar passar e não me preocupar minimamente, visto que as atitudes ficam com quem as pratica. O rancor, o viver fechado em si mesmo e a falta de capacidade de contextualizar os factos e as emoções é próprio de quem é fraco e/ou não tem uma estrutura sólida que lhe permita viver doutra forma, mais simples e concreta.
Sinto aquela animosidade latente e sobretudo uma hostilidade sem nexo, nem sentido que não me faz bem nem compreendo de todo. Não sei mesmo se vou conseguir trabalhar neste clima permanente de desconfiança, frieza e ausência de qualquer tipo de contacto ou aproximação.
Mas concentremo-nos no que ouvimos hoje na nossa sessão e principalmente na minha recorrência do tudo ou nada. Ou seja, parece que, para mim, é obrigatório destruir ou apagar completamente o existente para ter algo de novo ou fazer-se outro caminho. Parece que desconheço a palavra continuidade ou evolução serena dentro do mesmo EU, aproveitando todo o saber e experiência do que temos e assim nessa base irmos sempre mais além.
Não se pode começar sempre do zero, nem fazer resert sempre que queremos ou achamos, mas deve-se aproveitar a memória do que somos, temos e conseguimos para que, dentro de nós próprios, encontremos outros caminhos ou outros trilhos de continuidade. Temos a obrigação de evoluirmos e de procurarmos em cada momento o que nos pode dar Felicidade ou melhor bem estar, bem como sabermos ignorar quem não nos interessa ou quem não faz mesmo parte do nosso círculo pessoal ou de intimidade.
Este conceito de intimidade é algo que vou aprendendo a consciencializar cada vez mais na evidência de que ela só é mesmo possível com alguma pessoas e com quem Amamos ou Estimamos e mesmo assim cada pessoa tem que ter o seu espaço própria e o respeito pela sua identidade.
Essa é uma das minhas lutas e uma grande aprendizagem que devo fazer quotidianamente, para que, nesse respeito e idoneidade, possa recolher também o reverso dessa realidade. Ao DAR, recebemos de volta o que precisamos ou pelo menos, esperamos por isso. Mas se nada dermos, é certo que nada receberemos e ficamos a viver num campo completamente estéril e sem qualquer nexo.
Há pessoas que não conseguem dar nada de si mesmo, nem tão pouco fazer um esforço porque se fecham em si mesmo, convencidos da sua invulnerabilidade e da sua razão prevalece, não se preocupando num raciocínio lógico e mais consentâneo com a realidade que nos cerca.
Neste primeiro dia, preciso de muito Afecto e dum enorme SORRISO cheio de força e extremamente positivo e combativo.

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