quinta-feira, novembro 08, 2012

Orgulho

Mais uma vez, ontem fiquei cheio de orgulho dos meus filhos, porque ambos à sua maneira me deram boas e excelentes notícias.
O Fran concorreu e entrou no mestrado que queria; eram mais de 100 candidatos e apenas 20 lugares e conseguiu;  começa esse mesmo mestrado em gestão em Março, depois da viagem de fim de curso que vai fazer à América do sul, com amigos que estão nesse lado do mundo.
Como é evidente, ele estava eufórico e super contente porque tem a vida programada e com grandes hipóteses de ter logo uma ocupação e arranjar trabalho. Para além disso, concorreu para dar aulas e está à espera da resposta.
Está cheio de iniciativas e sobretudo está com uma disposição fabulosa e muito comunicativo e falador. Cada vez tenho mais afinidades com este meu filho... no outro dia, quando saí disparado do consultório, completamente desnorteado, pedi-lhe para ir almoçar comigo. E assim foi e senti uma corrente extremamente positiva e calorosa, com uma sensação extraordinária.
Ou seja, um pequeno gesto, um simples almoço no Central Park é extremamente significativo para ele porque sinto que ele quer, cada vez mais, fazer parte da minha vida e sobretudo agradar-me e conquistar-me pelnamente.
Pode ter a certeza de que o conseguiu e que aprecio, cada vez mais, a companhia e a sua maneira de estar.
Quanto ao Pedro, a distãncia está a fazer-lhe bem porque até já lê o meu blogue e o comenta, deixando-me bastante contente com essa atitude. Deixou-me um comentário muito simpático, positivo e animador, a dar-me muita força e animo. É curioso porque este meu filho é muito parecido comigo neste aspecto de alterações humorais, na medida em que pode estar muito bem disposto num instante e logo de seguida mais mal disposto ou desanimado.
Mas estou farto de lhe dizer para ter animo e força, porque está num local fantástico a fazer um mestrado fabuloso que, certamente, lhe irá abrir as portas do mundo.
Ontem foi por isso um dia marcado pelos filhos, tanto mais que era quarta feira, dia em que o Fran vem jantar connosco e ontem particularmente bem disposto.
O dia no consultório foi, ontem, pacífico e tranquilo, tendo finalmente conseguido passar a mensagem de que é preciso alterar umas coisas para que tudo corra ainda melhor e a contento de todos. Ontem também um elogio do meu colega acerca das minhas capacidades humanas e de interacção com os doentes, porque eu disse-lhe que ele tinha que ser mais pró-activo e empenhado na vertente humana. Não chega ser um excelente profissional, porque na nossa área temos também que chegar ao amâgo dos doentes. Ou seja, temos que nos entregar mais e melhor às pessoas para que elas sintam afinidade e proximidade e nisso, sei que sou muito bom e dificilmente comparável a muitos colegas.
Sempre considerei a medicina como uma arte que se exerce, aliada à técnica e ao bom exercício da profissão, mas sempre entendi que tem que haver uma enorme componente humana e quase afectiva. tenho "doentes" de estimação e com amizade por muitos que também retribuem.... é muito bom quando sabemos que somos compreendidos e que temos nas pessoas quem nos acompanha sempre e que vai connosco para onde formos.
Estava com bastante receio nesta mudança por ter sido tão repentina e em cima da outra, mas não notei qualquer diferença no movimento e até, pelo contrário, tenho tido bastante mais trabalho e primeiras vezes. Percebi agora que era um pouco ultrapassado no outro consultório e que não me marcavam todas as pessoas que deviam. Era uma guerra constante e permanente que, como se viu, teria que terminar como terminou.
Achei piada ontem a uma doente dizer-me que nunca devia ter ido para o outro consultório, porque as pessoas não eram de fiar nem de confiança, para além de que, sempre que podiam, atacavam-me pelas costas. O que é bem feio e muito baixo mesmo.
Nestes dias,tive ainda um convite para ir trabalhar para um consultorio muito giro e que está na berra em Lisboa e vou tentar conciliar tudo para poder lá ir uns dias e logo vejo como corre e como fazer. Não quero perder esta oportunidade.
Mas adiante e sigamos a nossa vida, porque agora que está tudo resolvido e tratado, apesar de me terem ficado a dever dinheiro, vou deixar de escrever acerca desse passado, que, felizmente terminou e seguir com a minha vida e trabalho neste novo espaço cheio de boas energias, luz, movimento e vida.
Um enorme SORRISO cheio de optimismo e de força neste quotidiano dificil e complicado em que vivemos. Mas com empenho, entusiasmo e com muita sensibilidade humana vamos conseguir ultrapassar tudo isto. Um especial SORRISO para os meus filhos.
 
 
 
 
 

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