Mais uma vez no tribunal de Oeiras, a aguardar o julgamento! Melhor dizendo, a repetição do julgamento, uma vez que por deficiência do sistema de gravação, o meu depoimento tem que ser repetido!
Hoje temos aparentemente seis julgamentos marcados para a mesma hora e local; deveria ser às 09.30, mas são já dez da manhã e a juíza ainda nem entrou na sala. Provavelmente e uma vez mais o julgamento será adiado ou vê-se lá a decisão da dita juíza.
O que é verdadeiramente inaceitável é este funcionamento completamente anómalo da justiça e desta secção em particular, sem qualquer respeito pelas pessoas, advogados e demais envolvidos que perdem tempo e paciência, sem vem os seus assuntos devidamente resolvidos.
Espero sinceramente que hoje se adiante qualquer coisa e se inicie o julgamento mais uma vez, mas acho e sinto que não vai ser hoje e que, uma vez mais, vou ter que perder um dia e mais horas de trabalho para vir de novo ao tribunal. Além de que esta repetição vai, uma vez mais, obrigar à alteração de todas as datas das sessões já marcadas e agendada.
Tive a esperança de que este assunto ficasse resolvido este ano, mas quase certamente que passará para 2013 pelo rumo que isto leva e pela conduta da Sra. Juíza do processo, que não só marca julgamentos a mais, como não cumpre os horários como devia.
Vou aproveitando para ler os emails e as notícias e nessas noticias, há uma referente a um inquérito feito aos médicos dentistas, em que se concluiu que já perto de 6% não exercem a profissão e muitos dentistas mais novos não conseguem preencher a totalidade do seu tempo se trabalho, que muitos estão a emigrar, sobretudo para o Reino Unido e ainda que muitos colegas mais novos estão a receber valores irrisórios à hora.
Assistimos à degradação completa da profissão e ou, a OMD consegue alterar radicalmente esta situação ou então rapidamente vamos assistir ao encerramento de mais clínicas e à dificuldade crescente da integração dos mais novos no mercado.
A manutenção dum Consultório ou clínica tem custos elevadíssimos e havendo, como é normal, uma grande retracção do mercado, será natural a fusão de consultórios, para a diminuição dos custos e a maior rentabilidade, como a tentação de baixar preços, chegando a preços ridículos e incapazes de cobrir os custos.
Vejo o futuro cada vez mais negro e complicado, apenas esperando que a situação se consiga manter mais uns anos até eu ter a idade suficiente para me reformar e ter direito ao meu descanso. E será que terei alguma forma digna desse nome e em função dos descontos feitos ?
Voltando ao tribunal, continuamos ainda no primeiro julgamento do dia, pelo que, sendo 11horas é bem provável que, mais uma vez, não seja ouvido e tudo fique adiado para a próxima sessão, agendada para dia 26 de Novembro ! Será talvez a oitava vez para o mesmo e assim é o funcionamento da justiça neste nosso (pobre e infeliz) País...
Hoje é o dia da visita da chanceler Merkel a Lisboa; estará cá perto de seis horas, com visitas institucionais e a dar o apoio ao governo e às medidas tomadas. Será que vai trazer alguma boa noticia ou apenas haverá palavras de circunstância e de ocasião! Esperemos que não haja grandes problemas, violência excessiva ou desnecessária, porque era importante, quanto a mim, querela tivesse uma ideia dum País ordeiro, cumpridor mas excessivamente penalizado e castigado pelas medidas impostas. Precisamos de crescer, de criar riqueza e também de termos a esperança no presente e ainda mais no nosso futuro, quer individual, quer colectivo porque só assim conseguimos continuar a viver e a tentar melhorar as nossas perspectivas de vida e de futuro.
Mas mantenhamos o nosso SORRISO, esperando que ainda consigamos ser ouvidos hoje, apesar das perspectivas não irem nesse sentido, mas assim como acreditamos na vida e neste Universo, pensemos positivo e que os milagres são possíveis.
PS: o julgamento prolongou-se até às 14.00 e não só prestei depoimento como também foram ouvidas parte e meia das testemunhas. Ou seja, ouviu-se o depoimento completo duma e parte doutra. Entretanto a Juíza voltou a apelar ao acordo que deveríamos fazer e vamos ver o que acontece.
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