quarta-feira, novembro 14, 2012

Dia de greve

Dia de mais uma greve geral, que, como habitualmente, difere nos números de adesão, conforme a fonte seja sindical ou governamental. A sensação que tenho é a habitual, porque havendo a adesão maciça dos transportes, é evidente que terá que haver menos pessoas a circular e muita gente não pode ir trabalhar por falta de transportes. 
Não sei se são obrigatórios os serviços mínimos nos transportes, mas mesmo sendo, a capacidade de movimentação das pessoas fica bastante limitada. Nos hospitais, nas escolas e demais departamentos públicos é o mesmo, porque faltando determinadas pessoas é obrigatório o encerramento por falta de condições de funcionamento.
É evidente que as pessoas estão fartas, cansadas, desmotivadas e cada vez com menos capacidade económica para suportarem os custos e os encargos, tanto mais que, com 16% de desempregados é natural que quase todas as famílias sejam atingidas e se tenham que interajudar e conter os seus custos.
Tenho reparado nisso porque alguns dos meus doentes estão nessa situação e por isso recorrem menos às consultas e ainda menos a grandes tratamentos ou reabilitações orais por manifesta incapacidade económica.
Penso que para 2013 a situação ainda se irá tornar mais complicada e difícil, mas também felizmente que vou diminuindo alguns encargos que tenho, de empréstimos e assim, bem como o vencimento de aplicações que fui fazendo no tempo das vacas gordas e que agora me dão alguma margem de manobra.
Devido à greve, tenho uma tarde calma e pacifica, a terminar mais cedo para permitir que a minha assistente tenha boleia para casa, uma vez que não há comboios e muito menos autocarros. Vejamos se não tenho  mais desmarcações ou falta durante a tarde, porque esta semana já vai ser bastante curta, uma vez que esta sexta-feira não  trabalho, para compensar horas da assistente.
A vida continua pacifica e calmamente, com melhor disposição e um clima mais positivo em casa, o que me deixa mais satisfeito e optimista, porque gosto da relação que tenho e de modo algum a quero perder. Mas por vezes é difícil entender e perceber determinadas atitudes, ainda para mais porque as pessoas vão evoluindo e modificando os seus registos e nem sempre conseguimos adaptar-nos como queremos a essas alterações. Que levam a conflitos e a desentendimentos apenas superados pelo sentimento existente e que é bastante forte. 
Sei ter um feitio complicado e intrincado, mas que, mantendo as suas características básicas, está bastante mais distendido e fácil de lidar; continuo a lidar bastante mal com agressividade e com palavras menos ajustadas e prefiro ficar mais calado e deixar passar algum tempo do que estar a atravessar a tempestade de frente. Por vezes é preferível deixar passar e posteriormente esclarecer o que houver para esclarecer. 
Neste caso concreto, há um passado que por vezes é difícil de esquecer e há ainda uma alteração de registos que ainda não estão devidamente consolidados e substituídos por outros mais tranquilos e consentâneos com o presente. Como sempre, meias palavras para bom entendedor...
Como não há greve de SORRISO, aqui fica o mesmo cheio de força, energia positiva e muita vontade de chegar ao fim de semana e ao merecido descanso. 

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