terça-feira, novembro 13, 2012

Consultorio

Outro dia deste mês de Novembro, com marcações desde manhã e durante todo o dia; o que era uma excepção, transformou-se numa rotina semanal de vir trabalhar terças de manhã para poder encaixar toda a gente. Por um lado é bom sinal, mas por outro sinto, por vezes, falta desta manhã livre.
E se começar a trabalhar em Lisboa, ficarei então sem tempo livre e disponível para mim, o que tenho que ponderar muito bem e como deve ser. A verdade é que me daria jeito mais alguns pacientes e sobretudo diversificar os locais de atendimento e tentar abrir uma nova frente. Vamos ver como corre.
Recuperei, felizmente, o meu sono tranquilizador e recuperador, que me permite acordar bem disposto e capaz de enfrentar o dia e seguir em frente. Quando se dorme mal, aos bocados e sobressaltado, é difícil  aguentar um dia de trabalho, as solicitações e as pessoas. Nesta profissão, temos que, em cada consulta, adaptarmos-nos à pessoa que temos à nossa frente e adequar o tratamento à personalidade e modo de estar de cada um. Tanto como a parte técnica, é a componente humana e pessoal que também tem que ser valorizada e implementada, na medida em que todos querem ser tratados como se fossem o centro do mundo e as pessoas mais importantes do Universo e, nós, médicos devemos ter isso em consideração!
Se há uns anos, estava na vanguarda das técnicas e dos procedimentos médicos, agora reconheço que com o passar dos anos, me fui enquistando nos procedimentos que melhor conheço e que já me deram provas da sua eficácia e validade. E que me chegam perfeitamente, porque me habituei nestes últimos tempos a ter pessoas que colaboram comigo e que resolvem as situações mais difíceis e complicadas. 
Já não tenho apetência nem vontade de alterar muito dos meus comportamentos ou técnicas, na medida em que já vou fazendo o que melhor sei e posso, sobretudo explorando a parte humana e tentando "atingir" eficazmente as pessoas, fazendo-as sentir importantes e como se estivesse a tomar toda a atenção do mundo. É um treino que tenho, que fui adquirindo ao longo destes mais de 30 anos de prática medica e que me tem sido bastante útil.
Também nos vamos adaptando mais e melhor a este ambiente de trabalho e desde que, da parte das assistentes haja cooperação e vontade, tudo funciona bem melhor e mais eficazmente, que é o que tem vindo a acontecer nestes últimos tempos. Acho que também mudei um pouco a minha atitude e comportamento, com maior distanciamento e menor interesse aparente, para tentar alterar a nossa coabitação e forma de estar neste dia a dia. E acho que está a resultar.
Há um ditado que diz que quanto mais nos agachamos, mais se vê o rabo, ou seja, convém mantermos o nosso lugar e posição, mesmo que por vezes isso nos possa custar, porque a verdade é que nem sempre as pessoas percebem o que se faz por elas e o que gostamos delas.
Ainda no rescaldo do julgamento de ontem, vamos tentar a um acordo apesar da pouca vontade que tenho, mas dados os custos envolvidos e o tempo que isto ainda pode demorar, se chegarmos a um consenso pode ser que despachemos isto o mais rapidamente possível. Se bem que pense que todas as  (más) acções devem ser punidas e infelizmente o nosso sistema de justiça não funciona mesmo nada como tenho ocasião de verificar e constatar sempre que vou ao tribunal.
Aqui fica o meu SORRISO de Terça-feira, dia de estar todo o dia na clínica a dar o meu melhor e com todo o meu empenho, sentindo uma grande energia positiva e ausência completa de pressões ou mal entendidos, o que é excelente. Força e Fé no futuro é o que mais precisamos!


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