quarta-feira, agosto 13, 2014

Interioridades

Cada vez menos percebo atitudes, modos e feitios, mas também cada vez mais me parece que tudo se centra em mim mesmo e no reflexo das minhas coisas nos outros. Apenas porque o único denominador comum sou em mesmo.
Acho, sinto que não estou bem comigo próprio, que procuro e quero muito mais, mas também sem saber exactamente o que preciso ou procuro. Sei apenas que, neste momento, tudo ou todos parecem estar do "contra" o que é manifestamente impossível, mas também sem o auxílio do meu analista, de ferias e a divertir-se pelo Sri Lanka, não consigo ir para além destas reflexões.
A verdade é que penso poder exigir muito mais do que recebo, visto que tenho feito o que me é possível para alcançar o que os outros pretendem e na volta pouco recebo do que quero, necessito ou preciso.
É talvez e novamente um certo vazio e uma certa revolta que vai crescendo e acumulando dentro de mim, com a necessidade absoluta de sair, esvaziar-se e sobretudo de perceber o que se passa. Mas se os outros não fazem nem têm esse trabalho de tentar perceber e compreender, porque terei eu que o fazer sempre.
O mais fácil é regredir, voltar ao passado e assim (re)conquistar a atenção que julgo perdida ou afastada, bem como o conseguir determinados pontos que sei querer e até procurar, para não estar neste certo mal estar interno, que me é prejudicial.
Hoje e nestes dias tenho-me sentido tipo uma panela de pressão, a necessitar de deixar sair a pressão e escapar esta tensão imensa que sinto internamente. Estou super irritado com tudo e coisa alguma, mas sobretudo com omissões pessoais e ainda de outros que não tentam ou não conseguem alcançar-me por estarem também eles encerrados em dogmas, paradigmas ou ideias próprias e (quase) absolutas sem conseguirem ou quererem dar margem a outras ideias ou fantasias ou faits divers.
Mas andemos em frente, sem estas resiliencias ou tensões e tentemos acalmar esta tensão interna que sinto duma forma intensa e irritadiça.
Será cansaço, será estar farto, será omissão de qualquer coisa ou falta de algo que não sei precisar ou será simplesmente o sentir-me desconfortável com factos ou acontecimentos que não controlo e que me ultrapassam? 
Seja o que for não posso deixar de deixar o meu SORRISO cheio de boa vontade e com uma enorme necessidade de sentir também esse mesmo SORRISO duma forma intensa e cheia. 

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