Percebo agora a dificuldade de qualquer processo de mediação, pelos diferentes pontos de vista, pelas omissões, erros e ainda falta de cumprimento do acordado. Falhei neste processo em que tentei mediar, na medida em que não é cumprido o que se acorda e sendo assim, não adianta na verdade qualquer mediação ou negociação.
Tenho bastante pena e lamento ter falhado nesta minha tentativa mas efectivamente não consigo, de forma alguma, conciliar posições irreconciliáveis e ainda por cima com atitudes completamente erradas.
Dou por terminada a minha intervenção por ser completamente ineficaz e inútil, deixando agora a ambas as partes falarem entre si e tentarem corrigir o irremediável. Lamento, mas os factos não permitem qualquer esperança ou hipótese de entendimento pelo que até será, talvez melhor, as coisas seguirem o seu caminho natural sem outras intervenções porque não adianta tentar o que é praticamente impossível, por força das circunstâncias e das pessoas em questão.
Não posso, contudo, deixar de me sentir bastante triste porque considero que houve uma grande falta de lealdade e de cumprimento do acordado e isso é sempre de lamentar, tanto mais que está, infelizmente, na linha do muito que aconteceu noutros tempos e eras.
Faz-me recordar muita coisa do passado e de factos que queria esquecer e que, neste momento, têm surgido à superfície, o que dispensaria, uma vez que são factos passados que não se podem corrigir ou emendar e que portanto não têm qualquer solução. A verdade é que me vou lembrando de muita coisa, ainda não resolvida e que não estou minimamente interessado em recordar. Estou ainda preocupado com o actual estado psíquico das pessoas envolvidas, que considero algo alterado uma vez mais.
Sobretudo, tenho pena por ter falhado e por não ter conseguido levar a bom porto esta aproximação que, mesmo sabendo á partida, ser bastante difícil e complicado achava mesmo assim ser possível melhorar bastante. Pelos vistos, estava bastante errado e será mesmo quase impossível um relacionamento mais normal e mesmo a minha relação e apreciação fica um pouco abalada e para já, tenho também que pensar no que vou dizer e fazer no futuro, uma vez que pedi um pouco a confiança.
Ontem estivemos a ver um filme " Sete Anos no Tibete"; apesar de já o ter visto, gostei de o rever e de apreciar melhor determinados aspectos. Uma das máximas que por vezes utilizo, foi precisamente aprendida neste filme que é " não te deves preocupar com os problemas porque se tiverem solução, ela surgirá naturalmente e se não tiverem, não vale de nada preocuparmo-nos". É uma máxima budista que tem bastante lógica e até se aplica ao caso presente, porque efectivamente ou tudo se resolve naturalmente ou então não vale a pena preocuparmo-nos porque não adiante mesmo nada.
Penso muitas vezes nestes ensinamentos de Buda e até gostaria não só de saber mais, como até de ter a oportunidade de estar e frequentar um mosteiro budista. Acho que a filosofia, a meditação e o modo de viver podem ser bastante correctos e adequadas a uma forma mais fácil de estar na vida. Quem sabe se não será a minha via... e o meu futuro
Um grande SORRISO neste sábado cinzento, mas com muita energia positiva e força
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