quinta-feira, junho 07, 2012

Há mais de 4 anos...


É feriado... acordei mais tarde do que é costume e com uma relativa dor de cabeça; tem vindo a ser uma constante esta dor que já não é tão ligeira como costumava ser e que já me causa um certo incomodo. Tenho que ir ver o que se passa realmente...
Constatei que já tenho este blogue há mais de 4 ( quatro) anos, visto que já ultrapassei os 1500 comentários e eles são diários e até por vezes mais do que um por dia. Acho que é um feito este blogue porque se houve altura em que era mais lido, comentado e apreciado, actualmente funciona mais como uma introspecção e uma auto-análise, visto que são já pouquissimas as pessoas que têm a paciência de me lerem, repetindo muitas vezes o mesmo e com as variações do costume acerca do mesmo tema.
De qualquer forma, é um companheiro e uma constante da minha vida e, quem sabe, se não poderá ser um esboço de algo mais ambicioso e amplo que queira escrever.
Há grandes mudanças no que escrevo e tomei consciência de que não o posso fazer tão livremente como o fiz no passado, na medida em que estamos num "local público" e que pode ser consultado por quem o procurar. Por isso, tenho tido mais cuidado com o que escrevo e publico.
Por outro lado, também há pessoas que não gostam que se escreva acerca delas e essa vontade tem que ser respeitada. Por exemplo, escrevia muitas vezes acerca dos estados de espírito e vontade dos meus filhos e um deles disse-me claramente que não gostava que eu o fizesse e evidentemente que emendei esse aspecto e tenho apenas escrito o que me diz respeito e as novidades gerais.
Também acho que este vazio que sinto nos tempos presentes, se reflecte no que escrevo e até na menor densidade do que comento porque evidentemente a minha exuberância, vontade de viver e entusiasmo são, neste momento, totalmente distintas do que eram há uns tempos atrás. E isso reflecte-se naturalmente no que escrevo e na forma de escrever...
Há ainda factos, ocorrências e pessoas, sempre presentes e que, sendo extremamente importantes na minha vida, me vão condicionando, influenciando negativa ou positivamente e muitas vezes até criando situações incompreensiveis e difíceis de gerir. As relações entre as pessoas são muito difíceis e, como ontem estive a ver num filme, é preciso aprendermos a crescer e a envelhecermos em conjunto, bem como a mudarmos também em conjunto, sem o que é bastante difícil o convivo diário e a interacção entre as pessoas.
Todos nós vamos mudando com o tempo e com a idade e o que fomos há uns anos, já não é certamente aquilo que hoje somos e se não soubermos acompanhar estas mudanças existentes em todos nós, os laços e as relações vão-se esbatendo e desaparecendo no tempo e no espaço, uma vez que os sentimentos e as ligações afectivas, só por si, não aguentam muitas vezes estas mudanças que são evidentes.
É evidente que ando numa fase menos positiva e mais depressiva porque a envolvência também não é famosa, porque sinto imenso a falta dos meus filhos, porque sinto a falta duma relação mais carinhosa e atenta e porque, principalmente, me sinto numa fase em que não tenho qualquer aplicação forte, positiva e benéfica para o meu estado de espírito. O que faço profissionalmente já não me chega e não consigo encontrar outros caminhos e outro rumo que me façam sentir mais e melhor. Será que ainda vou encontrar esse outro caminho nesta fase da minha vida.
Vamos seguir em frente, procurar que este SORRISO se torne real, efectivo e forte, nesta minha busca pela felicidade, pelo crescimento e amadurecimento do meu EU ( em sintonia com o tal EU superior que nos rege) e ainda pela harmonia e interacção positiva entre todos nós presentes neste quotidiano. Que a vida possa ter o sentido que queremos e sobretudo que procuramos para nos sentirmos efectivamente felizes e realizados.
PS: ontem tive vontade de fazer algo que não fazia há décadas, que foi olhar para as mãos das minhas assistentes e "ler" o que lá está tão evidentemente escrito. Parece que ainda não perdi o jeito e curiosamente, senti que ainda o consigo fazer e que o faço duma forma natural e lógica. Pelo menos, elas dizeram que correspondia aos acontecimentos da vida delas.