terça-feira, setembro 22, 2009

Diferenças

É grande a diferença entre os serviços de saúde públicos e os privados, mas a verdade é que no publico pode haver menos condições, mas há em muitos casos melhores cuidados, ou pelo menos, melhores cuidados diferenciados para quem deles precisa. Eu sou a favor dum sistema misto, público e privado com garantia de qualidade em ambos e num espírito de concorrência e não apenas de distribuir os bons e os maus doentes, os que rendem e os que não rendem.
Isto a propósito da minha Mãe estar no hospital de Cascais e no São Francisco Xavier á espera dum Tac há mais de 8 horas e só agora, pelas 23 horas o ter ido fazer. Depois terá que esperar pelo neurologista, pelo que deverá passar a noite no hospital, tendo dado entrada pelas 9 horas da manhã. MAs a verdade é que, apesar disto, está bem assistida, com todos os cuidados e independentemente de apólices ou garantias. Sabemos que é tratada, seguida e assistida e isso é o que interessa neste e noutros casos. Mas tendo ido com ela ao hospital da Cuf na semana passada dá para ver a diferença de tratamento ou pelo menos de condições, se bem que tenha achado o Francisco Xavier francamente melhor e de cara lavada, desde a última vez que lá fui. A minha Mãe estava bem, cheia de hematomas, desdentada - e nunca a tinha visto sem dentes - e cheia de tubos para ser hidratada, mas de animo bom e a rabujar como de costume. Sinal que está bem e que deve ter tido mais um AIT e felizmente não um AVC.
Esperemos que melhore francamente e que passe mais esta tempestade, na certeza de que apenas vale a pena se estiver lúcida, na posse das suas faculdades e a movimentar-se. Caso contrário, a minha opinião é só uma e de que não vale a pena sofrer e fazer sofrer os demais.
Como diz a Cinderela o Outono é a estação das depressões e este ano deve ser, infelizmente, um ano cheio de depressões, pelo clima existente, pela instabilidade criada e pela enorme incerteza que todos temos, aliado a uma inconsciência imensa dos nossos políticos actuais. Por isso para além da gripe A, teremos que contar com a depressão que, concordo, deverá atingir cada vez mais portugueses e pessoas em geral, pelo clima propício.
Mas contra este clima, aliemo-nos à nossa Cinderela e façamos um enorme, quente e luminosos SORRISO com muita FÉ, AMOR e FORÇA para mudarmos alguma coisa e tentarmos que a nossa realidade seja mais sorridente e feliz

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa noite Dr. Luis,
Lamento a súbita doença da mãe. Pessoalmente, tenho memórias amargas e agastadas com o pessoal de enfermagem do serviço público. Insisto em dizer que, só deveria estar na área da saúde, quem tivesse apetência e vocação para tal.
A minha muito saudosa mãe, teve a triste sina de sofrer um AVC, num dia 11 de Fevereiro do longínquo ano de 2000 que, coincidia com uma greve dos enfermeiros. Como um mal nunca vem só, era sexta-feira, à noite, e só voltava a ter pessoal médico no início da semana seguinte?! Esteve um fim-de-semana sem qualquer tratamento! Soubesse então eu, a força que possuía e, tinha virado o hospital, mais parecido com casa mortuária tal o número de óbitos verificados, certamente do avesso.
Muitos outros casos relacionados poderia aqui relatar mas, nada iria acrescentar. Só dor.
Ironia das ironias, eu que a partir daí fiquei a querer distância dos hospitais, tenho um filho que, após vários outros percursos académicos, foi parar à área da saúde. Encontrou-se. É extremamente conscencioso e vocacionado mas, deixa-me medo.
Ter nas mãos a vida alheia, poder influenciar o futuro e qualidade de vida das pessoas, é assustador. Aprendi assim, a não dizer NUNCA.
Mas, também eu já fui negligenciada no privado. Aquando do nascimento do meu filho mais velho, no Hospital Particular em Lisboa, esqueçeram-se de me retirar os restos da placenta e algo mais. Não fora o meu organismo funcionar bem e, teria por certo, grandes problemas.
Mas, nem tudo é mau. Fiz em 2003, uma cirurgia delicada à tiróide, na Cuf, e correu na perfeição,*****.
Acredito existirem óptimos e péssimos profissionais em ambos os sistemas. Sorte a nossa de encontrarmos os primeiros.
Sou apologista de que os profissionais exemplares, devem ser pagos exemplarmente,o que não acontece, por enquanto, quero crer.Consequentemente, deveriam ter responsabilidade exemplar.
Se entrassemos por este corredor, continuaria a acreditar no Pai Natal. Utopia!? Será?
Para obviarmos este e outros sonhos, vamos dizer ao sr. pinto de sousa para ir pregar "à la mode de chavez" para outras bandas.
Quem dera que os portugueses não tivessem esquecido a força, determinação e aventurismo dos nossos antepassados!
Este sr., já estaria a quilómetros de distância, onde não nos poderia fazer mal. Mas tenho esperança!
As melhoras da mãe e um sorriso bem branquinho.
A Cinderela